O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou a prisão domiciliar nesta terça-feira (16) para ir ao Hospital DF Star, em Brasília, após passar mal. Ele foi levado pelos policiais penais que fazem o monitoramento de sua residência.

Pelas redes sociais, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) informou que o ex-presidente apresentou uma crise forte de soluço, vômito e pressão baixa.

Desde o dia 4 de agosto, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Conforme a decisão do ministro, Bolsonaro pode ir ao hospital em caso de emergência médica, mas deve enviar ao STF um atestado médico no prazo de 24 horas após o atendimento.

No último domingo (16), dias após ser condenado pelo STF a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe, Bolsonaro passou por um procedimento na pele e por exames que constataram quadro de anemia, segundo o boletim médico divulgado pelo hospital.

Após exames no hospital, o cardiologista Leandro Echenique comunicou que Jair Bolsonaro apresentou episódio de mal-estar, pré-síncope (perda iminente de consciência, mas sem chegar a perder os sentidos completamente) e vômitos com queda da pressão arterial.

Após receber um atendimento de emergência na unidade de saúde em Brasília, Bolsonaro realizou exames e teve que passar a noite no hospital.

Em entrevista à imprensa na saída do Hospital, Flávio Bolsonaro, senador da República e filho mais velho do ex-presidente, disse que acredita que ele teve problemas de saúde devido ao psicológico afetado com a condenação.

"Eu acredito muito que o que ele está sofrendo é questão mental. É um massacre diário, as pessoas não tem nem a humanidade dele estabilizar para continuar ameaçando", lamentou o senador. Aguarda-se atualizações do quadro de saúde de Bolsonaro.

Segundo Flávio, Bolsonaro sofreu de falta de ar antes de ir ao hospital: "O que a Michele [Bolsonaro] me relatou é que ele estava com soluços que vinham ficando mais fortes progressivamente. Quando isso acontece parece que trava o diafragma dele e ele fica com falta de ar".

O senador ainda relatou que ele ficou com falta de ar por cerca de dez segundos. "A reação dele foi, acho que, repelir o que estava obstruindo o aparelho digestivo dele", relatou Flávio, alegando que o caso gerou fortes crises de vômito e a ex-primeira-dama o levou ao hospital.

O senador reiterou a internação é resultado de uma progressão de problemas de saúde enfrentados pelo ex-presidente, especialmente após a facada. De acordo com Flávio começam com soluços que vão crescendo progressivamente e desencadeiam em falta de ar.

Desde que sofreu o atentado com uma facada em campanha presidencial em 2019, Bolsonaro enfrenta uma série de problemas de saúde. Em abril ele foi internado na UTI para realizar a nona cirurgia em decorrência da facada. Ele enfrentava problemas de obstrução intestinal.