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CORREIO POLÍTICO | Após acordo com centrão, a batalha será o vice da chapa

Chapa provavelmente será liderada por Tarcísio | Foto: Reprodução/Youtube de Silas Malafaia

Tudo bem, o centrão está fechando acordo com Tarcísio de Freitas (Republicanos). O Toma lá, dá cá é o seguinte: a frente partidária PP-União Brasil apoia a aprovação da anistia, ampla o suficiente para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas, em troca, os bolsonaristas dão à federação a vaga de vice na chapa provavelmente liderada pelo governador de São Paulo.

Só tem um problema: está garantida a vaga de vice?

Bolsonaro teria que anunciar, até abril o apoio ao nome de Tarcísio para o governador poder se desincompatibilizar. E, junto, teria também que anunciar o nome do candidato a vice. Mas o clã Bolsonaro anda dizendo que quer o nome da família cédula eleitoral.

 

Eduardo se lança

O filho Zero Três do presidente, deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), já até ameaçou se candidatar a presidente da República contra ninguém menos do que o governador Tarcísio de Freitas.

O temor agora no centrão é que Eduardo insista em figurar como vice.

Michelle na fila

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro era a primeira da fila do PL como candidata no lugar do marido, Jair Bolsonaro.

Agora com toma lá dá cá da anistia em troca da candidatura do governador Tarcísio de Freitas, o temor do centrão é que o PL queira Michelle de vice.

Motta: 'Não há definição sobre projeto da anistia'

Presidente da Câmara fala em discussão sobre o tema | Foto: Lula Marques/Agência Brasil

"Estamos muito tranquilos em relação a essa pauta. Estamos sempre ouvindo os líderes que têm interesse e os que são contrários", reforçou o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, que, na ocasião, afirmou que ainda não há definição sobre a inclusão, na pauta do Plenário, do projeto que concede anistia aos acusados de golpe de Estado. Já o presidente do Senado e do Congresso Nacional, o senador Davi Alcolumbre (União-AP), afirmou nesta semana ser contrário a uma anistia ampla e geral, como defende o PL, partido do ex-presidente. Ele informou ainda que deve apresentar um texto alternativo sobre o tema.

O projeto

O projeto de lei da anistia defendido pela oposição, liderada pelo Partido Liberal (PL), perdoa os condenados pelos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023, incluindo os financiadores, incentivadores e organizadores. A anistia aos condenados pelos ataques às sedes dos Três Poderes voltou ao centro das discussões no Congresso com o início do julgamento, no Supremo Tribunal Federal (STF), do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado. Se aprovada, a lei pode beneficiar o ex-presidente.

PGR acusa

A PGR acusa Bolsonaro de liderar uma tentativa de golpe com previsão de planos de assassinatos do candidato eleito, Lula, e seu vice, Geraldo Alckmin, além do ministro Alexandre de Moraes. Outros sete aliados do político também estão sendo julgados, entre eles, o ex-ministro Paulo Nogueira Batista; o ex-comandante da Marinha almirante Almir Garnier; o ex-ministro Augusto Heleno; e o vice na chapa perdedora da eleição de 2022, o general Braga Netto.