CORREIO POLÍTICO | Os Bolsonaros: não muito unidos, mas muito ouriçados

Se a família é 'muito unida', depende da interpretação. 'Muito unida' no propósito de, a qualquer custo, livrar Bolsonaro da iminente condenação no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

Por POR RUDOLFO LAGO

Ação de Eduardo é claro ponto de divergência

O samba cantado por Dudu Nobre na abertura do saudoso humorístico A Grande Família não sai da cabeça. As peças divulgadas na quarta-feira (20) pela Polícia Federal que sustentam o novo indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), mostram à sociedade uma família, como a cantada por Dudu Nobre, "muito ouriçada". Se ela é "muito unida", depende da interpretação. "Muito unida" no propósito de, a qualquer custo, livrar Bolsonaro da iminente condenação no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. Muito desunida, porém, na estratégia que julga ser a melhor para isso. E também na forma de se conduzir politicamente o pós-Bolsonaro.