Há um detalhe importante nas 852 páginas do documento que contém a delação do ex-ajudante de Ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid. O trecho ajuda a demolir o argumento que vem sendo usado por aliados de Bolsonaro de que as investigações não apontariam uma conexão entre a arquitetura do golpe e as invasões e depredações dos prédios da República no 8 de janeiro de 2023. Ele na verdade se refere ao dia 12 de dezembro de 2022, data da diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente eleito no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nesse dia, houve uma primeira tentativa de rebelião violenta. Tentou-se invadir a sede da Polícia Federal, automóveis e outros veículos foram incendiados.