A entrevista que Lula deu no Ceará na sexta-feira (11) foi já um grande avanço frente à avaliação panglossiana que a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e a nota da executiva do partido tinham antes feito com relação ao desempenho nas eleições municipais. Lula admitiu o que era óbvio, e Gleisi e a executiva se recusavam a enxergar: o PT foi mal. E, a partir dessa constatação, começou a fazer o que realisticamente é preciso fazer a partir disso: tentar entender por que o PT foi mal. Na própria entrevista e nas suas redes sociais, o presidente começou a esboçar um diagnóstico, mas ainda não propôs exatamente o remédio. O tempo de Lula é curto. Terá só dois anos para curar a atual doença política que atrapalha o desempenho do seu partido.