Durante anos, a direita tradicional brasileira gostava de dizer que a esquerda não se une. "Só se une na cadeia…", gostavam de dizer na época da ditadura militar. Curioso é que, agora, quem parece não se unir é a direita. Pelo menos é o que se depreende da disputa municipal em São Paulo. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) e Pablo Marçal (PRTB) disputam os votos dos conservadores. No momento, a julgar pelos números da pesquisa Atlas divulgada na segunda-feira, rigorosamente divididos: os dois com 20,9%. O cientista político André Cesar, considera que há no Brasil hoje "duas direitas". A direita que se unia é a tradicional, pragmática. A nova direita, considera André, é muito mais ideológica, "faz política com o fígado".