Durante um discurso no Palácio do Planalto na última terça-feira (7), o presidente Lula descreveu as recentes enchentes no Rio Grande do Sul como um "desastre climático" e um "aviso do planeta Terra", enfatizando a necessidade urgente de ações climáticas.

Ele atribuiu os eventos trágicos a uma cobrança ambiental do planeta, durante a apresentação de novos projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Além disso, o presidente destacou a importância de entender esses eventos como sinais de alerta para a humanidade sobre as mudanças climáticas.

Para o petista, as inundações em vários municípios é um sinal de que o planeta Terra "está cobrando" um preço pelas ações humanas.

A tragédia deve impactar o preço de alimentos, mas ainda não se sabe qual o tamanho do impacto na inflação do país. A expectativa é de inflação, principalmente pelo arroz, que é um dos principais alimentos da cesta básica brasileira e tem um peso significativo no cálculo.

Casas, galpões e currais destruídos. Plantações inundadas e colheitas perdidas. Galinhas, porcos e vacas levados pela força das águas. Uma realidade "triste e desoladora", afirmam pequenos agricultores, assentados e quilombolas que lidam com as diferentes perdas.

A Advocacia Geral da União (AGU) entrou com ação judicial com pedido de resposta contra o coach Pablo Marçal em razão de postagens com informações falsas sobre a atuação das Forças Armadas na prestação de auxílio à população do Rio Grande do Sul. Ele foi acionado pela AGU por ter postado vídeos em redes sociais acusando as Forças Armadas de inércia na tragédia.

Conforme a Constituição Federal, o direito de resposta deve ser proporcional ao agravo sofrido. Na avaliação da AGU, o pedido de direito de resposta "é necessário para promover o esclarecimento do conteúdo e manter a integridade da informação."

Pablo Marçal é um influenciador digital que promove conteúdos sobre como fazer negócios por meio da internet e faz palestras como coach de inteligência emocional. Em 2022, ele chegou a se candidatar à Presidência da República, mas teve a candidatura barrada.

No último domingo (5), ele publicou na plataforma X conteúdos falsos sobre a atuação do governo frente às enchentes no RS. Dentre as afirmações, ele disse que a Secretaria da Fazenda estaria barrando os caminhões de doação e não estariam distribuindo comida.

A AGU também encaminhou à rede social X, em notificação extrajudicial, para que em até 24 horas a plataforma acrescente as postagens sobre o show da cantora Madonna no Rio de Janeiro o esclarecimento de que não houve repasse de recursos federais para o evento.

O Governo Federal ainda acionou o Ministério da Justiça e a Polícia Federal (PF) para punir desinformação sobre catástrofe climática no RS. O governo avalia que desinformação atrapalha esforço para auxílio a vítimas em condições de extrema fragilidade. A PF apura os casos.