Por:

CORREIO POLÍTICO | Lula promete destravar burocracia de ajuda ao RS

Lula e Eduardo Leite discutem ajudas para RS | Foto: Ricardo Stuckert / PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que vai destravar obstáculos da burocracia para garantir o socorro ao Rio Grande do Sul e prometeu ações de longo prazo, com a criação de um "plano de prevenção de acidente climático".

"É preciso que a gente veja com antecedência o que pode acontecer de desgraça", afirmou o presidente, que desembarcou pela segunda vez em uma semana no Rio Grande do Sul para acompanhar os impactos das chuvas.

O plano de prevenção deverá ser desenvolvido pela ministra do Meio Ambiente e Mudança de Clima, Marina Silva.

Acompanhado de uma comitiva de ministros, Lula sobrevoou municípios da região para ver o impacto das enchentes.

 

Ajuda

O governador de RS, Eduardo Leite (PSDB), reforça que os impactos das enchentes trazem reflexos em cadeia para o estado, na distribuição de suprimentos e colapso de serviços. Portanto, são necessárias linhas de crédito e planos de recuperação para a agricultura.

Economia

Leite diz que as medidas são para auxiliar na reconstrução de um estado que ainda não se recuperou das enchentes de setembro e novembro de 2023. Ele ainda alertou que a economia do estado já está comprometida por problemas econômicos prévios.

Herdeiro de Jair Bolsonaro, Tarcísio abraça lado ideológico

Bolsonaro e Tarcísio, na época presidente e ministro | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil; /Agência Brasil

Quando Tarcísio de Freitas (Republicanos) perguntou à sua equipe de marketing como vencer as eleições para governador de São Paulo em 2022, recebeu como resposta que ele precisava de Jair Bolsonaro (PL), mas que o apoio do ex-presidente não seria o suficiente. Ele também necessitava do voto de centro, refratário à radicalização representada pelo bolsonarismo.

Tarcísio apostou na imagem de político técnico e moderado para conquistar o eleitor paulista. Mostrava gratidão a Bolsonaro, mas em entrevistas e discursos tentava se descolar da ideologia bolsonarista, estratégia que manteve durante o primeiro ano de governo.

Aliados

Tarcísio levou para o seu entorno figuras que transitavam entre governos de diferentes ideologias. Guilherme Afif, que participou nos governos Dilma e Bolsonaro, assumiu a coordenação da transição. Gilberto Kassab também ganhou posto como secretário de Governo.

Moderado

A proximidade de Kassab foi um dos motivos que causaram irritação entre os bolsonaristas, durante 2023. Tarcísio também foi criticado por ter mantido relações com o presidente Lula. O governador mantinha a postura de não encampar temas ideológicos.

Herdeiro

Porém, nos últimos dois meses, ele começou a ser mencionado como herdeiro de Bolsonaro, inelegível, despontando como a principal alternativa da direita nas eleições de 2026. Nisso, ele deu mostras de que tem se sentido mais confortável para abraçar o bolsonarismo.

Virada

O ponto de virada foi quando ele defendeu Bolsonaro na manifestação na Avenida Paulista, em fevereiro. Rasgando elogios ao aliado, ele disse que Bolsonaro era a representação de um movimento: "Representa aqueles que brigam pela família, pátria, liberdade".