CORREIO POLÍTICO | Lira não queria correr. Mas Câmara não deverá segurar

Muita coisa mudou nesses 32 anos que separam a frase de Ibsen da chegada agora do pedido de prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) à Câmara.

Por POR RUDOLFO LAGO

Lira resolveu que nada decidira sozinho sobre Brazão

Quando recebeu o pedido de impeachment do ex-presidente Fernando Collor, o então presidente da Câmara, Ibsen Pinheiro (PMDB-RS) cunhou uma frase que se tornou famosa: "O que o povo quer, esta Casa acaba querendo". Muita coisa mudou nesses 32 anos que separam a frase de Ibsen da chegada agora do pedido de prisão do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) à Câmara. Mas, aparentemente, em determinados momentos agudos, a frase continua valendo. No início do dia, não era intenção do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), correr com a análise do pedido. Mas, chegando em Brasília na segunda-feira (25), percebeu que os demais líderes não queriam demorar a decidir uma questão tão grave. E está longe de ser intenção de Lira, conduzir sem respaldo.