Mal chegou de volta da Etiópia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou ao Palácio da Alvorada o ex-chanceler Celso Amorim - seu assessor para assuntos internacionais - e o secretário de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta, para uma reunião. Se Lula tivesse julgado um gol de placa o que disse na África, não teria chamado a reunião. O dia começou na Esplanada dos Ministérios num clima de grande preocupação com as repercussões da fala. No Congresso, a preocupação é que a fala de Lula, associada ao problema da segurança com a fuga no presídio de Mossoró, acabe paralisando os demais temas, fazendo com que uma nova semana acabe perdida em um ano encurtado pelas eleições municipais e com uma pauta extensa a ser analisada.