Quando resolveu pautar e aprovar a toque de caixa o Marco Temporal das terras indígenas no plenário, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), declarou a guerra entre os poderes. A partir do momento em que terá de sancionar ou não a lei, a guerra agora não inclui apenas Legislativo e Judiciário: adiciona também o Executivo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Uma escalada que não deve parar, porque o Congresso prepara respostas também para questões como a descriminalização do aborto e da maconha. Para o líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes (RJ), só há um caminho para pôr fim a essa guerra: diálogo. "Será preciso sentar e conversar", disse Altineu ao Correio Político. "Isso é um tipo de situação que não interessa a ninguém, nem aos poderes nem à sociedade".