A forte reação do Congresso, com a aprovação do projeto do Marco Temporal das terras indígenas, e a nota assinada por várias frentes parlamentares capitaneada pela Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), chamou a atenção da Esplanada dos Ministérios nesta quarta-feira (27). Os parlamentares parecem dispostos a diminuir o que consideram certa "sanha legislativa" do poder Judiciário. Mas é importante lembrar que esse eventual avanço da Suprema Corte sobre as atribuições do Congresso em parte é responsabilidade da própria Câmara e do Senado, que em alguns momentos se omitiu de decidir sobre pontos polêmicos abrindo o espaço pelo qual o STF acabou entrando para resolver questões que não estavam claras e geravam discussão. Se isso gerou um desequilíbrio entre os poderes, é preciso entender onde está a origem.