O Comitê de Política Monetária (Copom) termina nesta quarta-feira (17) a reunião de dois dias para definir em quanto ficará a taxa básica de juros da economia (Selic), atualmente em 15% ao ano. Formado pelo presidente do Banco Central (BC) e seus diretores, o Copom se reúne a cada 45 dias.

Em julho, o Copom decidiu interromper o ciclo de alta da taxa de juros sob a justificativa de que o ambiente externo está mais adverso, por conta das políticas comerciais e fiscais adotadas pelos Estados Unidos (EUA).

A decisão do comitê levou também em conta o fato de a inflação ainda estar acima da meta. De acordo com o BC, a reunião do Copom segue um "processo que procura embasar da melhor forma possível a sua decisão".

Entre os assuntos abordados para a definição da taxa Selic estão evolução e perspectivas das economias brasileira e mundial, condições de liquidez e comportamento dos mercados. As decisões são tomadas levando em conta a situação inflacionária e outros fatores.

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a Selic. Quando o Copom aumenta a taxa básica, a finalidade é conter a demanda aquecida, o que causa reflexos nos preços. Juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

A empresa 99, dona de aplicativo de transporte de mesmo nome, anunciou investimento de R$ 2 bilhões na 99Food, delivery de comida, até junho de 2026. A meta é oferecer o serviço em 15 cidades até o fim deste ano e em mais 20 até janeiro de 2026. Atualmente, as operações estão em Goiânia e São Paulo.

O fundador e CEO da DiDi, Will Cheng, destacou que "esse investimento adicional reforça o papel central do Brasil na estratégia global da DiDi".

O pacote da empresa ainda prevê R$ 6 bilhões de acesso a benefícios aos entregadores do Brasil, como crédito para compra e aluguel de motos e bicicletas elétricas.

"Estamos confiantes de que a 99Food pode se tornar uma plataforma capaz de transformar a experiência de delivery. Ao dobrar nosso compromisso, não estamos apenas investindo em crescimento, mas em construir um ecossistema mais justo e inclusivo", afirmou o executivo.

De acordo com o diretor-geral da 99 no Brasil, Simeng Wang, parte do investimento da Didi - controladora chinesa da 99 -, equivalente a R$ 50 milhões, será usado para criação de pontos de apoio aos entregadores, com local de descanso, banheiro e oferta de água.

O serviço de delivery 99Food começou a funcionar na cidade de São Paulo, Guarulhos, Osasco, São Bernardo do Campo, Santo André, Barueri, Diadema e São Caetano em agosto. Os pedidos são realizados pelo mesmo aplicativo utilizado para solicitar transporte.

A região metropolitana de São Paulo concentra a maior parte do investimento de R$ 1 bilhão da 99 no Brasil para implementar a plataforma de delivery de comidas. Apenas a capital paulista receberá R$ 500 milhões. Cadastro tem 20 mil restaurantes e 50 mil entregadores.