PINGA-FOGO
ALERJ DÁ DEMONSTRAÇÃO DE MATURIDADE E RESPEITO - A Assembleia Legislativa do Rio deu uma demonstração de maturidade política e jurídica ao votar sobre a prisão do deputado Rodrigo Bacellar e de comunicar ao magistrado competente o resultado da votação, deixando nas mãos dele a soberania da decisão sobre os próximos passos. Em tempos passados, não causaria surpresa se a própria Alerj emitisse o alvará de soltura, atropelando os ritos judiciais.
Caberá agora ao ministro Alexandre de Moraes a palavra final. O rito respeitoso teve início na votação da própria CCJ e foi seguido pelo plenário. A maioria da Casa expressou sua posição.
NICOLAO DINO SEMPRE DE OLHO NO RIO - Quem passou o fim de semana no Rio foi o Procurador Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), Nicolao Dino. Em 14 de novembro passado, o MPRJ recorreu ao STF contra o procurador, que é irmão do ministro Flávio Dino, por interferência dele nas atribuições do Rio de Janeiro na questão de segurança.
NEGÓCIOS ALÉM-MAR NA ITÁLIA COM VESUVIO COMO TESTEMUNHA - O sogro de um figurão da República passou um quase vexame ao propor a um grande armador internacional, com atuação nos principais portos do mundo, os seus serviços para garantir o seu quinhão no Porto de Santos. Ofereceu as portas abertas na Antaq e no Cade, onde o seu genro tem prepostos, além de um edital feito sob encomenda. A sua remuneração seria uma participação de 20% do negócio. Quase foi atirado, sem paraquedas, na encosta da belíssima Sorrento, ao lado de Nápoles.
A reação do italiano foi tão violenta que o troco chegou. Ele ficará impedido de participar do negócio. O lobby em Brasília está pior do que a atuação da máfia napolitana.
E OS SOLDADOS? - O Projeto de Lei 6806/2025, que teve sua votação adiada na Alerj, trouxe uma polêmica muito grande para os heróis bombeiros, ao excluir os oficiais do quadro administrativo e de especialistas da promoção por tempo de serviço. O projeto prevê a promoção automática ao posto de Tenente-coronel dos Majores que possuem 20 anos de serviço, porém, tal medida não produzirá efeitos práticos para aqueles oficiais que ingressaram na corporação como soldados.
É curioso que na "casa dos heróis" que arriscam suas vidas para ajudar desconhecidos não se consegue ajudar o mais próximo que usa o mesmo uniforme e convive no mesmo ambiente. Será que nossos parlamentares vão concordar? Todos aqueles que ingressaram como soldados na corporação e conquistaram, com muita luta, o oficialato.
A corporação tem que propor uma mensagem ao legislativo que atenda a maioria dos quadros do CBMERJ, para não ficar pontas soltas contribuindo com desânimo da tropa.