ESQUERDA APLAUDIU ANÚNCIO DA CANDIDATURA DE FLÁVIO BOLSONARO - Na política não se escolhe adversários, porém, tudo que Lula quer é que a candidatura da direita em 2026 seja o senador Flávio Bolsonaro. Garante a polarização com a família e a sua derrota será novamente a derrota do bolsonarismo raiz e não de um preposto. Alguém perguntou por que a bolsa caiu e o dólar disparou com o anúncio da candidatura do senador? Qual a razão da rejeição, até no meio mais devoto da direita: os evangélicos?
OS ERROS HISTÓRICOS DO BOLSONARISMO E DO SEU EXÉRCITO DE BRANCALEONE - O bolsonarismo não é infalível. Muito pelo contrário, erram e muito. Acumulam erros que custaram a eleição de 2022 e agora podem custar a derrota da direita de 2026. Ao ignorar o nome da então ministra Tereza Cristina para vice-presidência, perdeu a chance de tornar a chapa mais leve, ganhar a simpatia do eleitorado feminino e conquistar os 2% que deram a vitória a Lula. Geraldo Alckmin é o avalista de Lula, como José Alencar foi no Lula 01 e 02. O general Braga Netto foi avalista do que? Trouxe um peso à chapa e um peso para a tentativa de interferência militar no processo eleitoral que terminou com a prisão de todos do exército de Brancaleone e do próprio Bolsonaro.
BOLSONARO PERDEU A ELEIÇÃO PARA O PRÓPRIO BOLSONARO - O candidato Jair Bolsonaro em 2022 perdeu para os seus próprios erros. A forma que tratou a pandemia, o desmantelamento da sua estrutura de Comunicação Social, comandada por Fábio Wajngarten, no Planalto, a falta de lealdade e gratidão com os aliados mais leais. É só relembrar as brigas incentivadas pelo próprio presidente no seu gabinete com ministros que se antagonizavam, com gritos e quase agressões físicas. Na lista devem ser incluídas as mensagens dúbias de apoio a candidatos e entre os maiores erros: se cercar por um bando de puxa-saco e aduladores que pensavam no seu próprio umbigo.
BEBIANNO É UM EXEMPLO DA INGRATIDÃO DO CLÃ BOLSONARO - Não se deve esquecer o que ocorreu com Gustavo Bebianno logo após a eleição de 2018. Ficou preso em uma teia de fofocas e intrigas palacianas sem que houvesse um mínimo de gratidão pelo seu papel fundamental na campanha presidencial. Foi usado, abusado e nem coroa de flores foi enviada para o seu sepultamento.
A AGENDA POSITIVA SEMPRE FOI ABAFADA PELAS PARANÓIAS - As coisas positivas do governo Bolsonaro sempre acabavam ofuscadas pelos erros primários de comunicação e os factoides infelizes gerados pelas nuvens de paranoia que se criaram e foram amplificadas por uma turma de puxa-sacos e bajuladores.
EDUARDO ENTREGOU A DEFESA NACIONALISTA PARA LULA - Agora em 2025, a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos contra o Brasil e na defesa da sobretaxa sobre produtos brasileiros entregou para a esquerda a bandeja da defesa nacional. Ninguém da família percebeu que Eduardo estava errando e não conseguiria que o Estados Unidos evitasse o julgamento de Bolsonaro.
NÃO SE COLOCA 'PREÇO' EM UMA CAMPANHA PRESIDENCIAL - Na saída do templo, neste domingo 07 de dezembro, a frase infeliz do senador Flávio Bolsonaro, que haveria "preço" para a retirada da sua candidatura, pode ser comparada ao "Relaxe e Goze" da então ministra Marta Suplicy. Este sinal dúbio de colocar na mídia, ele próprio, a hipótese de desistir só reforçou a rejeição à candidatura.
Dos quatros filhos do ex-presidente, Flávio sempre foi o mais querido pela classe política e afável nos relacionamentos. É também o que apresenta o maior telhado de vidro, muitos deles por vícios comuns a parte da classe política, o que facilitou ele ser visto com um igual.
No fardo do senador, o polêmico Fabrício Queiroz, as amizades históricas que ainda irão lhe prejudicar e a leniência de ajudar a eleição de Wilson Witzel ao ter pessoas suas na equipe de campanha e amenizar as barreiras que o próprio Jair Bolsonaro impunha.
Não se coloca "preço" em uma desistência de campanha, mesmo que seja para defender a anistia. Foi um movimento infeliz e um ato falho que deixa a sua candidatura natimorta já no segundo dia.
A MEMÓRIA OU AMNÉSIA SELETIVA DO JORNAL O GLOBO - O leitor de O GLOBO ganhou uma raio-X sobre a força de poderes de Ricardo Magro com o poder. Cita vários políticos e faz um histórico da sua força dos seus relacionamentos. Com título da página "Ecumênica, força de Magro, perpassa governos, grupos e esfera de poder", a matéria é assinada pelo coleguinha Caio Sartori. Houve um erro que prejudicou o entendimento do leitor, apesar da detalhada apuração. Não cita a relação do próprio Globo com a Refit. Durante vários anos, a empresa foi patrocinadora de vários eventos do grupo GLOBO. Em vários carnavais, foi patrocinadora principal do camarote do Sapucaí. No terceiro andar, o espaço super vip do jornal, que tinha como anfitrião o próprio Fred Kachar, diretor-geral do jornal, tinha como vizinho à direita a Refit e na esquerda o Banco Master, outra vítima da memória seletiva do Globo. No site da coluna e no Instagram, o leitor poderá ver a foto de Fred Kachar discursando em Nova Iorque, debaixo do logo do Master e da Gulf (Refit), relacionamento omitido pela reportagem domingueira. Como a matéria é exatamente sobre relacionamentos com poderes, a inclusão do jornal e a amizade dos seus diretores deveria ter sido incluída.
O VAZAMENTO EM DOSE DUPLA NO CASO BACELLAR - O deputado estadual do Rio Rodrigo Bacellar está preso por ter vazado informações sobre uma operação da PF. Neste domingo, o seu depoimento "vaza" para o Fantástico da TV Globo. Alguém vai ser preso por este vazamento que provoca a condenação midiática do parlamentar?