PINGA-FOGO
O SILÊNCIO PRESIDENCIAL E UM LULA ATURDIDO COM A OPERAÇÃO POLICIAL DO RIO - Mais de 24 horas depois da megaoperação contra o Comando Vermelho no Rio, o governo federal não consegue sair das cordas. O presidente Lula levou mais de 24 horas para dar um pio sobre o que ocorreu no Rio. Fez uma postagem, de forma acanhada, falando do combate às facções e de como o povo sofre com a opressão da bandidagem. Só falou depois da reunião do seu emissário com o Governador Cláudio Castro no Rio. Esperou a fervura baixar para aparecer. Governo acuado pela própria politização que promoveu no tema de segurança.
Na reunião da manhã de quarta, 29, além de Rui Costa, ele chamou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco; a Ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo; além do marqueteiro e ministro da Secom, Sidônio Palmeira; e o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. Anielle e Macaé foram silenciadas pelo argumento de Sidônio. "Ainda não é hora de falar de Direitos Humanos", fuzilou o marqueteiro de olho na reeleição.
A OBRA DE 'JERICÓ' DE SIDÔNIO NAS REDES SOCIAIS DO GOVERNO FEDERAL - Apesar da posição comedida na reunião no Alvorada, horas depois a Secom liberou um vídeo surpreendente nas redes sociais. Uma verdadeira obra de "Jericó", como dizem na terra do Sidônio. Tentam explicar o inexplicável. Como se deve combater a criminalidade com inteligência, algo que, aliás, faltou em quem teve a infeliz ideia de propor o vídeo a queima roupa. O vídeo fala de evitar derramamento de sangue e tentar trazer a paternidade para a operação da Faria Lima com foco no PCC. No Rio, o alvo foi o CV e a operação de São Paulo é mais resultado da atuação do Ministério Público Estadual e da Polícia do Governador Tarcísio de Freitas do que o governo federal. Horas antes, a apresentação na coletiva do Secretário da Polícia Militar do Rio, Coronel Marcelo Menezes, explicou em gráficos todo o trabalho de inteligência e xadrez que as forças policiais do Rio fizeram neste dia histórico.
O LUTO DE LULA E O SILÊNCIO PRESIDENCIAL NA POSSE DE BOULOS - Patética foi a presença de um Lula vestindo preto/luto na posse do seu novo ministro, o invasor de propriedades privadas Guilherme Boulos. Não deu um pio sobre o Rio. Entrou mudo e saiu calado. Coube a Boulos pedir um minuto de silêncio em memória dos moradores do Alemão. Moradores que portavam fuzis, granadas, que fizeram barricadas e enfrentaram as polícias fluminenses na mata.
BOULOS PEDE UM MINUTO DE SILÊNCIO PELOS MORADORES/BANDIDOS MORTOS E ATACA A FARIA LIMA EM PLENO PALÁCIO DO PLANALTO - Guilherme Boulos se superou. Além de fazer em pleno Palácio do Planalto um minuto de silêncio em memória dos "moradores-bandidos" mortos, ainda resolveu atacar a Faria Lima no melhor estilo Nicolás Maduro. Se não estivesse nas cordas, aquela posse, repleta de militantes e dirigentes sociais, seria a oportunidade para Lula deitar e rolar. "Por que se cala tanto Lula?" Foi a pergunta que a direita fez ao assistir os vídeos da transmissão da posse. O silêncio foi o resultado de um presidente omisso, temendo a opinião pública, que aplaudiu a reação das forças policiais do Rio.
HONESTIDADE DE ANDREI CONSTRANGE MINISTRO LEWANDOWSKI - Quem cresceu neste episódio foi o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. Ele foi o mais honesto do governo federal nesta trama ao dizer, na frente do ministro Ricardo Lewandowski, que a PF foi avisada da operação e que declinou de participar. Foi transparente e agiu como chefe de uma polícia de estado e não de governo. Lewandowski surtou e tentou corrigir dizendo que este assunto é para ser tratado de governador para ministro ou presidente e não entre partes técnicas. A tarde, cabisbaixo, apresentou a única solução real do governo federal para o caso: a criação de um escritório, como ele chamou, ao invés de gabinete, para criar canais de comunicação exatamente como o que ocorreu. Lembrando que o secretário de Segurança do Rio, Victor Santos, é um delegado aposentado da Polícia Federal onde é muito respeitado.
COZZOLINO À FRENTE - Nesta quinta-feira (30), a partir das 10h30, 492 famílias de Magé receberão o Cartão Recomeçar, benefício do Governo do Estado do Rio de Janeiro destinado a auxiliar moradores que sofreram com as fortes chuvas de abril de 2025. A entrega será realizada na Casa Festa, com a presença do deputado estadual Vinicius Cozzolino, que articulou a vinda do benefício para o município, além da secretária de Desenvolvimento Social do Estado, Rosângela Gomes, do prefeito Renato Cozzolino, da secretária municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, Flávia Gomes, e outras autoridades municipais.