Lançamento do livro In(certeza) reúne dezenas de pessoas no Rio
Entre sonhos, medos e descobertas, a transição da adolescência para a vida adulta é um período marcado por dúvidas que moldam quem somos e quem queremos ser. É nesse contexto que se insere o livro "In(certeza)", de Gabriela Zimmer, lançado oficialmente na noite da última sexta-feira, 29 de agosto.
Em evento realizado na Blooks Livraria, na Praia de Botafogo, a autora participou de uma sessão de autógrafos. Ao falar sobre o impacto que ela gostaria de causar em seus leitores, Gabriela destacou que quis deixar a interpretação a cargo de quem lê, assim como cabe a cada um de nós dar sentido às incertezas desta fase.
"Nesse contexto de mudanças, que na verdade está presente em todas as fases da vida humana, nós estamos sempre evoluindo, mudando e descobrindo coisas a nosso respeito. Então, que o leitor possa interpretar isso de acordo com a circunstância que ele está vivendo naquele momento", completa.
Este é o segundo livro de Zimmer. O primeiro, intitulado "Para nunca se sentir só", foi lançado de forma digital em junho de 2020, no auge da pandemia. Foi a partir disso e, ao abordar a diferença de sentimentos entre os dois lançamentos, que a autora também destaca a importância de um livro físico para a saúde mental.
"O livro físico tem a habilidade de desconectar uma pessoa dessa saturação de informações que a gente recebe no meio digital. Ao mesmo tempo, ele é importante para você se conectar com o que está acontecendo. Você lê um livro, você sente as páginas, você tem menos informações desnecessárias te distraindo da leitura".
Este mesmo ponto é trazido pelo editor do livro, Jean Cândido Brasileiro. Afirmando que existe um resgate a determinadas experiências analógicas devido a um "cansaço das pessoas com o meio digital", Jean também destaca o olhar sensível que a autora utilizou para escrever a obra. Dizendo que sua poesia pode, à primeira vista, parecer ser simples, à medida que o leitor mergulha nela, abre um leque de muitas possibilidades.