Por: Rafael Lima

Coluna Magnavita | A anatomia de uma defesa técnica

Advogado de Torres, Eumar Novaki foi cirúrgico | Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O julgamento de Anderson Torres no STF revelou algo raro em tempos de polarização: um debate jurídico de alta qualidade. A atuação do ministro relator e a postura dos demais membros da Corte mostraram que ainda prevalece a busca por um julgamento técnico, amparado em provas e princípios constitucionais.

Nesse cenário, a defesa conduzida por Eumar Novaki foi cirúrgica. Expos as fragilidades da acusação, desde o "documento GOL" sem cadeia de custódia até a ausência de qualquer menção a Torres nas delações de Mauro Cid. A cronologia desmonta qualquer tese acusatória: Torres embarcou para Miami em 30 de dezembro e não há registro de sua participação nos atos de 8 de janeiro.

Mais do que um embate processual, o que se viu foi a reafirmação de que o Supremo continua sendo guardião da técnica e do devido processo legal. Uma lição que reforça a confiança de que a Justiça se fará com base em fatos, e não em presunções.