Coluna Magnavita | Firjan manifesta preocupação com o tarifaço dos EUA contra o Brasil

Após o decreto assinado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a taxação de 50% aos produtos brasileiros, a Firjan emitiu nota afirmando que "reitera sua grave preocupação com a implementação das tarifas estadunidenses sobre as exportações brasileiras. Considerando o anúncio da ordem executiva de hoje pelo governo dos EUA, será aplicada tarifa transversal de 50% para as importações originadas no Brasil, a partir do dia 6 de agosto de 2025, salvo exceções listadas no documento.

Estas medidas não alteram as tarifas de importação de 50% sobre os produtos de aço e de alumínio anteriormente anunciadas. Estes permanecem como ponto de grande preocupação a ser mantido na agenda de negociações.

Segundo a Federação das Indústrias do Rio, as tarifas impactam diretamente a pauta exportadora do estado, salvo produtos presentes em listas de exceção, como óleos brutos de petróleo. A indústria de Petróleo e Gás compõe aproximadamente 60% das exportações fluminenses para os EUA, sendo o principal item na pauta exportadora e representando 40 mil empregos diretos no estado. "48 municípios do estado exportaram para o mercado norte-americano e poderão ser impactados pelo tarifaço".

Ainda segundo a federação, em consulta com a base empresarial, cerca de 60% dos respondentes esperam impactos das medidas em seus negócios no curto prazo, principalmente na queda de receitas, no aumento de custos operacionais e na redução das exportações. "Nesse contexto, a Firjan defende a urgência da intensificação da atuação diplomática e paradiplomática em diversos níveis para construção de uma solução negociada e célere para mitigação dos impactos econômicos e sociais das novas tarifas anunciadas".