Coluna Magnavita | O criminoso descaso do ICMBio

Por Cláudio Magnavita

Fatalidade envolvendo turista nas escadas que dão acesso ao monumento aconteceu no último dia 16 de março

Um turista gaúcho de 54 anos morreu neste domingo, 16, enquanto subia a pé as escadarias do Cristo Redentor. A ausência de socorristas, ambulância, desfibrilador, ou grupo de emergência, provocou um acirramento de ânimos entre a Arquidiocese do Rio e o ICMBio, divulgado em nota oficial à coluna.

Nesta segunda, 17, a secretária municipal de Turismo, Daniela Maia, se reúne com o Padre Omar e vai cobrar uma posição do órgão federal que administra o parque. Vale lembrar que a maior parte do ingresso pago para a visitação do local vai para o cofre da União. É um lugar de alta densidade de público e é um absurdo que o ICMBio não forneça o suporte necessário para situações de emergência.

O Projeto de Lei 2994/2023, do deputado federal Luciano Alves, do PSD-PR, obriga a colocação de desfibrilador em locais de grande concentração de público. Ele ainda está em tramitação. O Distrito Federal já possui legislação em vigor com o mesmo objetivo e em Goiás a proposta do legislativo estadual foi vetada.

Depois deste cenário de descaso federal que resultou no retardo de assistência ao turista gaúcho, no Corcovado, após um esforço físico incomum, o Legislativo fluminense deveria aprovar, em regime de urgência, uma lei que obrigue aos pontos turísticos de grande concentração de público a adotar uma estrutura mínima para socorro.