Por:

PINGA-FOGO

CARTAS NA MESA - O indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, apesar de ter sido amplamente anunciado, deverá ter efeitos colaterais na política. O jogo vai ficar pesado com as cartas na mesa e o Congresso deve manchar com os instrumentos de anistia. Em tempo: o primeiro ato de Trump, após a posse, foi anistiar todos os réus da invasão do Capitólio.

PÉSSIMO EXEMPLO NO TCU - Tem gente futucando os sites de transparência do Tribunal de Contas  da União para descobrir o volume de diárias que o ex-presidente da corte, o ministro Bruno Dantas, está recebendo no seu período de "estudos" nos Estados Unidos. Além de manter o salário, ele recebe por dia um valor próximo a $500 dólares para o seu custeio. Pode ser legal, mas é no mínimo um péssimo exemplo para uma corte de cotas, que deveria zelar pela parcimônia com os gastos públicos.

HUGO MOTTA NO RIO - O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, será a personalidade central do jantar que o Governador do Rio, Cláudio Castro, oferece no Palácio Laranjeiras, nesta quinta, 20, reunindo a classe política fluminense. Poucos convites, todos nominais e intransferíveis.

QUATRO RODAS - O presidente de uma empresa do estado usou toda verba orçamentária para alugar um carro de representação de luxo, deixando a equipe técnica de 'Uber'. O valor usado em uma única viatura daria para locar, com o saldo, um veículo mais simples de representação e outro de serviço.

DE VOLTA ÀS ORIGENS - O Governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, está sendo esperado na Sapucaí. O chefe do executivo paulista nasceu no Rio e é apaixonado pelas escolas de samba cariocas. Vai ter gente dizendo que ele está em campanha. Não deixa de ser curioso: Tarcísio nasceu no Rio e Cláudio Castro em São Paulo.

FRENTE CONTRA PAES - O ex-presidente da Alerj, André Ceciliano, nome de maior expressão do PT fluminense, defende que haja um candidato único para concorrer contra o prefeito Eduardo Paes, em 2026, para o governo do Rio. Ele apoiará o adversário de Paes se não houver divisão. O próprio Ceciliano foi vítima da divisão da esquerda quando concorreu ao Senado. Tinha uma eleição garantida que escorregou das suas mãos pela insistência de Alessandro Molon em dividir a bola.