Os TUPs (Terminais de Uso Privado) transformaram a área portuária do Rio de Janeiro em um vetor de crescimento do estado, com a presença de terminais como o Porto do Açu e o Complexo Portuário de Itaguaí. O setor portuário privado do estado e de todo o país volta o seu olhar na próxima quinta-feira (24) para Brasília, onde será realizado o 11º Encontro ATP.
Dessa vez, o presidente da ATP (Associação de Terminais Portuários Privados), almirante Murillo Barbosa, receberá na capital federal as principais lideranças do setor portuário do país e autoridades para debater o tema "Transição Energética no Transporte Marítimo - Ameaças e oportunidades para os Terminais Portuários Brasileiros". A secretária-executiva do Ministério de Portos e Aeroportos, Mariana Pescatori, vai proferir a palestra magna do encontro.
Os players centrais do mercado se reunirão durante todo o dia para debater assuntos relacionados à transição energética, como o uso de combustíveis renováveis nos portos e navios. A descarbonização no transporte marítimo está na pauta do evento e é considerada essencial na agenda climática para mitigar as emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE).
Atualmente, o modal é responsável por 3% das emissões globais de GEE em todo o mundo. Nesse cenário, a Organização Marítima Internacional (IMO) fixou como meta emissões líquidas zero em 2050. Como um dos Estados-membros da organização, o Brasil terá que alinhar as suas operações para o alcance desse objetivo.
Além de reunir agentes nacionais e internacionais, como o representante da diretoria da Fundação Valenciaport, vinculada à Autoridade Portuária de Valência, na Espanha, que compartilhará as iniciativas de descarbonização das operações que têm sido adotadas por um dos maiores portos da Europa, o evento também celebrará os vencedores do Prêmio ATP 2024, que busca reconhecer e premiar as melhores práticas, ações e trabalhos relacionados às áreas de inovação tecnológica e impacto social no sistema portuário privado do Brasil.
Em 2024, a ATP completa 11 anos de atuação na representação institucional dos TUPs e na defesa do segmento portuário privado, além da modernização dos portos brasileiros. A associação reúne 35 empresas de grande porte e congrega 69 Terminais Privados do País. Juntas, as associadas movimentam 60% da carga portuária brasileira e respondem pela geração de 47 mil empregos diretos e indiretos.
