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PINGA-FOGO

BANCO MASTER E OS R$ 500 MILHÕES DO RIOPREVIDÊNCIA - Em pleno período eleitoral, quando as atenções se voltam para as disputas municipais, estava passando despercebida uma operação de R$ 500 milhões envolvendo o fundo do RioPrevidência e o Banco Master, até que uma nota publicada pelo site Agenda do Poder revelou a misteriosa operação.  Diz a nota: "O deputado Luiz Paulo apresentou uma denúncia ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), nesta terça-feira (01/10), solicitando uma auditoria no investimento de letras financeiras que uma organização financeira realizou com o RioPrevidência de cerca de R$ 500 milhões sem as cautelas exigíveis.

O parlamentar também apresentou um requerimento de informação à Mesa Diretora para oficiar ao presidente do órgão, Deivis Marlon, para que encaminhe à Alerj a relação da carteira de investimentos dos fundos previdenciários administrados pela instituição.

Ele ainda quer informações sobre relação das instituições financeiras, fundos de investimentos e outros intermediários que oferecem ou gerenciam recursos financeiros do RioPrevidência".

O trabalho investigativo da Agenda do Poder ouviu o decano deputado estadual que afirmou: "Isso é inaceitável, pois coloca em risco as finanças futuras do RioPrevidência. Já vimos esse tipo de situação no passado, e os resultados foram desastrosos. Como é possível contratar R$ 500 milhões em letras financeiras de um banco de médio porte, cujo lucro em 2023 foi exatamente o mesmo valor da contratação feita pelo RioPrevidência? O banco tem um patrimônio líquido, em 2023, na ordem de R$ 2,3 bilhões, e o RioPrevidência está contratando uma operação que representa 20% desse patrimônio líquido".

O deputado Luiz Paulo pede o detalhamento da composição atual da carteira, os ativos financeiros mantidos, sua classificação por classe de investimento (renda fixa, renda variável, entre outros), além de informações sobre o desempenho recente desses ativos e a estratégia de gestão empregada para sua valorização e proteção frente a riscos. "Temos que ter os critérios de seleção dessas instituições, a política de alocação de recursos e o acompanhamento da performance desses investimentos. Além de Informações sobre o cumprimento da Política de Gestão de Riscos aplicada ao portfólio de investimentos do RioPrevidência, detalhando as medidas implementadas para mitigar os riscos de mercado, de crédito, de liquidez e de outros fatores que possam impactar negativamente a sustentabilidade dos fundos previdenciários, bem como os resultados obtidos com essa política", disse o deputado Luís Paulo à Agenda do Poder.

O Master tem uma relação histórica do estado com o Credicesta, sistema financeiro  especializado em crédito consignado para funcionalismo público.

No próprio dia 01, o Banco Master foi citado na CPI da Alerj como patrocinador do Camarote de O Globo. O banco passou por uma recente reformulação societária separando a sua área comercial, responsável pelo negócio com o RioPrevidência, do banco de investimentos.  

Em tempo: esta denúncia tem componentes políticos nacionais, já que o comando do RioPrevidência está sob a batuta de Antônio Rueda, presidente nacional do União Brasil, que indicou Deivis Marcon Antunes para a presidência do RioPrevidência - Fundo Único de Previdência Social do Estado do Rio de Janeiro,  que é uma autarquia estadual, criada pela Lei Estadual nº 3.189, de 22 de fevereiro de 1999, para arrecadar, assegurar e administrar os recursos usados no pagamento de aposentados e pensionistas de servidores públicos estatutários do Estado do Rio de Janeiro.

SINDICATOS SE MEXEM CONTRA PEC DO BC - Concluído o primeiro turno das eleições municipais no próximo domingo (6), o Congresso Nacional voltará a funcionar a pleno. Uma das primeiras atividades será a sabatina de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central, já marcada para a terça-feira seguinte (8). Mas deve retornar logo à discussão a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que dá autonomia administrativa e financeira ao banco, dando-lhe status de empresa. Os sindicatos ligados à categoria, então, desde já se organizam para evitar o avanço da PEC, que tem como autor o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), Vanderlan Cardoso (PSD-GO), e como relator o senador Plínio Valério (PSDB-AM). Os sindicatos promoverão no dia 15 de outubro um seminário para discutir a proposta no Auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados.