Por: Cláudio Magnavita

Coluna Magnavita | O efeito dominó da Petrobrás

O edifício sede da Petrobras, no centro da cidade. | Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

O EFEITO DOMINÓ DA PETROBRAS - A mexida na presidência da Petrobras com a saída do atual presidente Jean Paul Prates poderá ter um efeito dominó no primeiro escalão de Lula. No corredores do Planalto e nos gabinetes mais próximos do presidente já foi criado um cenário de apostas:

1. Aloizio Mercadante fica onde está. Não sai do BNDES, a Petrobras lhe daria superpoderes e uma área do PT não concorda.

2. Para a Petrobras, seria deslocado o atual ministro da Casa Civil, Rui Costa. A Bahia tem grande afinidades com a empresa e o PT baiano já cedeu quadros que comandaram a empresa. Rui, como gestor, teria competência para comandar a estatal e evitar conflitos. Saindo da artilharia palaciana e deixa uma boa parte do PT feliz.

3. Na mesma bolsa de apostas, a torcida para que o ministro Alexandre Padilha deixe a pasta das Relações Institucionais e assuma o ministério da Saúde. Lá ele nada de braçada e evita que a pasta caia no colo do centrão. Padilha hoje tem o canal obstruído com o presidente da Câmara. 

4. No lugar de Padilha, assumiria o ministro Wellington Dias. Vira ministro palaciano e abre a chance de resolver a questão da morosidade dos programas sociais.

5. O grande nó é a Casa Civil. No retrato da última sexta, nesta ficção política palaciana, ela seria entregue a Miriam Belchior, que hoje já toca a parte técnica da pasta. Um cenário que coloca a casa como gestora dos outros ministérios, como Dilma Rousseff atuava no governo Lula.

A Petrobras pode antecipar este efeito dominó, que está previsto para o segundo semestre. Este era o termômetro dos bastidores de Brasília na última sexta, 5 de abril.

 

 

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