Por: Cláudio Magnavita

Coluna Magnavita | A certeza da impunidade

Veículo com placa reservada transitando em faixa exclusiva do BRT | Foto: CM

O que leva um Corolla Preto, com a placa reservada RJD6I57, transitar na faixa exclusiva do BRT na Avenida Embaixador Abelardo Bueno, próximo ao Parque Olímpico, na última terça, às 23h30, com o giroflex ligado? Não havia congestionamento, aliás, a pista reservada tinha um ônibus articulado como obstáculo enquanto as faixas normais estavam livres.

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Placa veículo | Foto: CM

O uso abusivo de placas reservadas, que, teoricamente, deixam o carro camuflado para multas e o sentimento de poder desta viatura contribui para estes excessos. No caso do Toyota, escondido na placa RJD6I57, não havia um motivo explícito para o deslize acintoso. Todo mundo quer chegar cedo em casa, mas o uso desnecessário desses recursos em um início de madrugada, com as pistas livres, é apenas um triste sinal destas viaturas públicas, pagas pelo contribuinte. Estas placas são fornecidas pelo estado para o uso de autoridades que correm risco de segurança, para viaturas das secretarias ligadas à segurança pública e autoridades policiais, inclusive federais. Existe uma certa lógica na necessidade de proteção e identificação dos usuários. Se o objetivo é ser discreto, o uso abusivo de giroflex em pista exclusiva do BRT, sem nenhum movimento na rua, é uma forma de chamar atenção. O governador do RJ, Cláudio Castro, a Casa Civil, o GSI e o DETRAN deveriam criar um mecanismo para punir os abusos e restringir estas concessões. Na prefeitura do Rio, Eduardo Paes nunca concordou com esse abuso, principalmente depois que um assessor especial atropelou e vitimou um pedestre ao trafegar de forma desvairada em uma pista de BRT. Está na hora da sociedade exigir um basta a este abuso de autoridade.

 

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