Por: Cláudio Magnavita

Coluna Magnavita | O casamento de Camila Camargo e Bruno Dantas coloca em risco, por Compliance, o grupo Esfera

Na foto, da esquerda para a direita, João Camargo (filho), Ana Lucia Suplicy Funaro, João Camargo (pai), e os noivos Camila Camargo e Bruno Dantas. | Foto: Divulgação

ESFERA DO PODER - O casamentão, que agitou a corte brasileira e as cabeças coroadas do poder, de Camila Camargo, CEO do Grupo Esfera, e do presidente do TCU, o baiano de Vitória da Conquista, Bruno Dantas, no último sábado (3), gerou um grande questionamento sobre o futuro do movimento lobista, promovido pela empresa da noiva. O Esfera tem como finalidade integrar a iniciativa privada com o Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, o que vem sendo feito com muita competência.

Camila é agora, oficialmente, a primeira-dama do Tribunal de Contas da União, o que gera um conflito entre os negócios que ela promove e o cargo do marido. O primeiro sinal de alerta foi dado com a preocupação dos convidados da iniciativa privada — estavam presentes na cerimônia os maiores empresários do país — e boa parte deles acionou o seu departamento de Compliance, para saber qual o tipo e valor de presente que poderia ser dado aos noivos, sem ferir as regras.

Na semana do casamento, em Brasília, o agora sogro de Bruno Dantas, João Camargo, promoveu, através do Esfera, um almoço em homenagem ao PGR, Paulo Gonet, com a presença de políticos e empresários. O próprio Camargo já confidenciou a amigos que ter o ministro do TCU na família pode trazer limitações aos seus negócios.

O casamento de Camila e Bruno foi acelerado por uma gravidez não programada. Os dois ficaram mais próximos a partir de outubro passado, quando o Esfera fez, em Paris, um evento internacional, que teve o presidente do TCU como estrela.

Estavam presentes na cerimônia religiosa nove ministros do TCU, sete ministros do STF, 12 ministros do governo Lula, dois governadores, Luiz Carlos Trabuco (Bradesco), Joesley e Wesley Batista (grupo J&F), André Esteves (BTG Pactual), Jorge Moll (Rede D´Or), entre outros empresários e nomes da política nacional.

Em tempo: o ministro Bruno Dantas fica na presidência do TCU até novembro, quando será substituído pelo ministro Vital do Rêgo.