Foi com alívio que vários setores da sociedade civil do Rio receberam a sinalização que qualquer mudança na estrutura e comando das Polícias Civil e Militar só ocorrerão depois das festas de final de ano. Além do encontro de presidentes do Mercosul, Natal e Réveillon são dois períodos de grande movimentação turística. A troca de um comando de batalhão da PM leva pelo menos 30 dias para acomodar os lugares chaves. Fazer isso no início da alta estação seria apostar na sorte. O Secretário de Segurança Pública, Victor Santos, compreendeu as razões apresentadas pelo governador para deixar para 2024 uma possível reestruturação.
SANTÍSSIMA TRINDADE
Partiu do secretário de Segurança Pública, Victor Santos, a ideia de manter o status de secretaria para a Polícia Militar e Polícia Civil, ficando a SSP com a coordenação dessas duas pastas. A decisão facilita a operação administrativa, evitando mexer em marcos legais como a Lei Orgânica da Polícia Civil. Na nova pasta, seria criado um órgão recursal, para revisão das decisões das corregedorias da PM e PC.
ENÓLOGOS
Quem está sinalizando um nível de influência no desenho formado pelo novo secretário de Segurança Pública, Victor Santos, é o ex-comandante da PM, coronel Rogério Figueiredo de Lacerda. Ele faz parte da mesma confraria gastronômica do titular da SSP, que incluiu também renomados nomes do judiciário.
QUARENTINHA NÃO PODE?
Está aparentemente descartada a possibilidade de ter sangue novo no comando da Polícia Militar do Rio. A tese abraçada pelo titular da SSP é a de valorizar a velha guarda e evitar uma renovação, como ocorreu com o Bombeiros, aliás, um dos maiores acertos da gestão Castro, que quebrou paradigmas no CBMERJ e promoveu uma revolução de gestão. Na prática, qualquer oficial no último degrau pode ser comandante-geral da PM. Tem muita gente jovem de valor e talento já como Coronel. Se a idade fosse impeditivo, não poderíamos ter um governador de 43 anos e nem um secretariado formado por quarentinhas.