Quem conhece os bastidores da política fluminense está juntando as peças de um curioso quebra-cabeça que está se formando após a troca de comando na Procuradoria-Geral do Estado. Blogs com uma narrativa ficcional sobre a mudança; reações sincronizadas no TCE com a questão do Maracanã; telefonemas para ministros em Brasília; entre outros movimentos. O que pareceria uma transição pacífica, está virando um cenário de uma nascente hostilidade que só trará prejuízo para todos os envolvidos.
CARGO DE CONFIANÇA
Secretário de Estado, Procurador-Geral, aliás, qualquer cargo de confiança que não tenha mandato é passível de exoneração a qualquer tempo. Estabilidade no serviço público é restrito a concursados e algumas funções com mandato. Tem gente que só sai de casa após ler o Diário Oficial e saber se continua na função. A troca do PGE não precisa de “cortina de fumaça” com a criação de uma Secretaria de Segurança Pública só para esconder uma exoneração. Esta tese esdrúxula chegou a circular.
RESPEITADO
Enquanto isso, aplausos pela escolha do novo PGE, Renan Miguel Saad. Considerado um dos melhores quadros da casa e elogiado pelo próprio antecessor, Bruno Dubeux, que já o chefiou. Currículo sólido, bom jurista e querido pelos colegas. Saad assume colocando panos quentes neste clima de fofocas que surgiu nas últimas 24 horas. Já Dubeux, pretende mergulhar e descansar por algumas semanas em férias merecidas e retornará à Procuradoria após o carnaval. Lamentável que uma instituição tão qualificada e com quadros extraordinários seja alvo de um jogo subterrâneo de disse-me-disse.
