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PINGA-FOGO

PORTA FECHADA - As disputas pelas siglas partidárias começam a se acirrar com a proximidade das eleições municipais. O atual presidente estadual da executiva do PRTB - Partido Renovador Trabalhista Brasileiro, no Rio, com mandato até 31 dezembro de 2023, Alexandre Bergamo, nos enviou uma contestação em relação à notícia publicada na coluna sobre a filiação do deputado estadual Tiago Rangel e a do ex-secretário estadual do Trabalho, Patrick Rangel, que está assumindo a presidência do diretório da capital. Para o atual presidente, os dois nem serão filiados ao PRTB, quanto mais dirigentes do partido.

PORTA ABERTA - Questionado sobre a manifestação de Alexandre Bergamo, o ex-secretário Patrick Weber enviou ao Correio da Manhã o protocolo do ofício assinado pelo presidente nacional Murad Karabachian, registrado no último dia 8 de novembro, às 19h23, que indica os novos nomes da Executiva Municipal. Segundo ele, com o fim do mandato da atual executiva provisória, o deputado Tiago Melo assume o comando da legenda no estado.

PORTA ESCANCARADA - Uma das boas notícias do PRTB é o regresso do senador Hamilton Mourão ao partido pelo qual concorreu à vice-presidência. Já o mandato de senador, ele conquistou pelo Republicanos.

SAIA JUSTA - Na próxima reunião do secretariado do prefeito do Rio, Eduardo Paes, o cerimonial terá de fazer uma engenharia delicada para acomodar os integrantes de grupos tão díspares ideologicamente. Imagina se eles colocam, lado a lado, com direito a foto e confidências, o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil), secretário especial de Ação Comunitária, e a vereadora Tainá de Paula (PT), secretária de Meio Ambiente? Esta equação atual terá condições de ser mantida depois do pleito de 2024?

CONCESSIONÁRIO "SORTUDO" - A redação do Correio da Manhã de Brasília confirmou o interesse dos concessionários da Arena Mané Garrincha, na capital federal, de apresentar proposta, no próximo dia 7 de dezembro, às 10 horas, no auditório do Maracanã, para a concessão do estádio mais famoso do Brasil — e um dos templos mundiais do futebol (veja na página 8).

A realidade que encontrarão será bem diferente do cenário amigável da capital federal. Lá não existe futebol como o Rio, aliás, são os times cariocas que conseguem lotar o Mané, além de uma pauta de shows e eventos. O Governo do Distrito Federal foi muito amigável na concessão do estádio por 35 anos, a uma empresa sem nenhuma tradição e que surgiu do nada, tendo o seu principal personagem o francês Richard Jean Marie Dubois, do qual pouco se sabe e do lastro patrimonial. Em Brasília, foi o próprio banco público do GDF que amenizou o valor da outorga em 50%. Em ato contínuo a sucessão, que deveria pagar R$ 5 milhões por ano, o banco, que tem o governo local como principal acionista, assinou um contrato garantindo R$ 2,5 milhões por três anos, totalizando R$ 7,5 milhões para parceiros, um negócio feito pelo seu controlador. Só este passo deveria acender as luzes vermelhas do Banco Central e do Tribunal de Contas do Distrito Federal. Uma instituição financeira pública concede a fundo perdido um valor que equivale a 50% dos encargos de um grupo privado, que fez negócio com o seu acionista. Uma operação casada que não pode deixar de ser fiscalizada pelo BC, com lupa.

Para o Tribunal de Contas do GDF, a lógica se aplica de forma reversa: um concessionário recebe por três anos o equivalente a 50% da outorga, a fundo perdido de uma instituição financeira controlada pelo governo do Distrito Federal. É difícil ver moralidade nestes negócios casados, envolvendo instituições públicas. O contribuinte perde duas vezes.

No Rio, o cenário será diferente. Bem mais hostil. A decisão de migrar para o Maracanã as fórmulas de atuação em Brasília acaba colocando o foco nos negócios dos operadores sortudos do Mané Garrincha. Muitos desdobramentos desta história, que começa a ser contada. A Arena BRB é apenas a ponta do iceberg que começa a chamar atenção da mídia nacional.

GATO MILIONÁRIO - Em mais uma ação de combate ao furto de energia, a Light encontrou, nesta quinta (9), um "gato" de energia em mansão no condomínio Riviera del Sol, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio de Janeiro. A ação contou com o apoio da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD).

A residência possuía um desvio de energia, ligação ilegal que fazia com que o consumo total da casa não fosse registrado pelo medidor. A fraude foi confirmada no local por um perito do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE).

A Light estima que o cliente tenha consumido, em 36 meses, cerca de 28.000Kwh, sem pagar por isto. O montante equivale a, aproximadamente, R$ 31 mil em contas de energia.

Técnicos da empresa também constataram uma irregularidade no consumo de energia de outra residência. Neste caso, o medidor foi recolhido para perícia do ICCE.

A pedido dos acionistas, a nova diretoria da Light tem priorizado o combate ao furto de energia, que no Rio é o maior do país.

ATUAÇÃO FEMININA - A vice-prefeita de Barra Mansa, Fátima Lima, e sua equipe de gabinete, receberam das mãos do vereador Vicente Reis uma moção de congratulação como forma de homenagem pelos serviços prestados ao município nos últimos anos. O parlamentar fez questão de enaltecer a importância do empenho de Fátima e sua interlocução com todas as secretarias. A cerimônia aconteceu nesta quinta-feira (09), durante a 74ª sessão ordinária da Câmara Municipal em 2023.

AUTOPROMOÇÃO - As promotorias do Ministério Público do Rio e Ministério Público Eleitoral enviaram uma recomendação aos vereadores da Câmara Municipal de Nova Friburgo para que se abstenham de usar meios públicos para fazer "autopromoção". Segundo o documento, o uso de redes sociais com indevida vinculação a bens e serviços públicos pode incorrer em responsabilização por improbidade administrativa. E vetou também o uso da Web Rádio da Câmara para divulgar qualquer tipo de informação que demonstrasse tendência à propaganda autopromocional ou eleitoral.

IMPROBIDADE - Os vereadores de Teresópolis estão proibidos "de veicular qualquer propaganda eleitoral que implique em ônus financeiro ou que se utilize dos meios ou formas vedados na lei, ainda que por meio de elogios, agradecimentos, divulgação de qualidades pessoais e profissionais e anúncio de projetos que impliquem em propaganda subliminar dos vereadores, pois tal conduta promove a pessoa ao público, caracterizando: Propaganda eleitoral extemporânea (...) e abuso do poder econômico ou uso indevido de meios de comunicação", diz um trecho do documento. O MPRJ e MPE deram 30 dias para que os vereadores se manifestem sobre a recomendação.

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