O evento sobre saneamento realizado pela LIDE Rio na última sexta, 23, no Hotel Fairmont, serviu para ter um primeiro balanço dos dois anos da privatização no Rio. Cada operadora teve a chance de apresentar os resultados. A estrela foi a CEDAE, empresa remanescente que produz as águas para os concessionários. A Companhia continua ativa e é o pilar de um sistema que promove a maior revolução no setor de saneamento.
O Fairmont ferveu com o alerta dado do presidente da Águas do Rio, Alexandre Bianchini, sobre a proliferação dos carros-pipa no Rio: "Nunca imaginamos que a questão econômica fosse prevalecer sobre a da saúde. Hotéis, restaurantes e condôminos compram carros-pipa de origem duvidosa, com águas colhidas em fontes misteriosas, sem o menor controle de qualidade, expondo os consumidores a altos riscos sanitários".
Bianchini lembrou que 2/3 das doenças têm originam hídrica. "Todos que estão neste auditório já devem ter tido uma doença de origem hídrica. Um restaurante que compra caminhões-pipa está expondo todos os seus consumidores a riscos dos quais eles nunca imaginaram", afirmou o presidente da AEGEA.
Os veículos ou são abastecidos em mananciais não controlados ou em gatos que roubam das próprias concessionárias, alertou o presidente da Águas do Rio.
Os síndicos, proprietários de hotéis e de restaurantes correm riscos jurídicos de usarem caminhões-pipa de origem duvidosa. O estado deve alertar a fiscalização e o MP tem que pautar este tema.