Coluna Magnavita Ninguém sabe como será o próximo Réveillon

Nenhuma empresa se interessou na organização da festa

Por Cláudio Magnavita

Queima de fogos na praia de Copacabana, Réveillon Rio 2019

Nenhuma empresa se interessou na organização da festa

A hotelaria 5 estrelas se reuniu para um almoço nesta terça, 18, no Hilton Barra para saber as novidades sobre o Réveillon, já que a legislação municipal obriga a Riotur divulgar esta semana a programação do evento. Medida necessária para a venda antecipada dos pacotes e o anúncio do calendário de shows que ocorrerão na orla.

Na manhã do próprio dia 18, o presidente da empresa municipal de turismo ligou para os organizadores cancelando a sua ida e deu uma péssima notícia: o processo de escolha da empresa responsável pelo Réveillon ficou deserto. Ninguém se habilitou. Faltam 70 dias para a festa e ninguém sabe o que ocorrerá. Faltou quem tomasse coragem para bancar o evento mais importante do calendário turístico.

Este fato ocorre no momento de treme-treme na Riotur, com a sinalização da saída da turma de Rodrigo Maia, que assumiu a empresa oficial e a Secretaria Municipal de Turismo. Os dois órgãos viraram reduto da família Maia. Na sucessão estadual, eles abandonaram o prefeito, mas não os cargos e seguiram com Marcelo Freixo, com o patriarca, o vereador César Maia, como candidato a vice. Os cargos do turismo foram colocados como lastro da campanha de Daniela Maia para deputada federal e de Bruno Kazuhiro para estadual, respectivamente ex-presidente da Riotur e ex-secretário de Turismo.

Eduardo Paes foi até tolerante e fez vistas grossas para a turma do ex-padrinho e do seu amigo Rodri Rafael Lima go. Os rumores da ida do vice-rei, Ronnie Aguiar, para a Riotur cresceram e se tiver mudanças, só deverão ocorrer após o segundo turno.

Aguiar é uma das pessoas mais próximas a Eduardo Paes, o que garante uma Riotur com linha direta com o prefeito. Fato só ocorrido nos oito anos de Antônio Pedro no comando do turismo municipal. Ronnie possui livre trânsito com a Liesa e entende de Carnaval. Aliás, ele foi o pivô da briga pelo cercadinho que dividia as frisas do camarote do prefeito e do governador este ano. Para assumir o cargo, ele terá de deixar os "negocinhos" que possui na área de eventos e gastronomia.

Corre na Riotur a notícia do telefonema de Rodrigo Maia, ao seu brother Eduardo, para tentar uma sobrevida para os aliados pendurados no turismo. Com esta crise que ameaça o Réveillon, o processo de mudança deve ser acelerado.