CORREIO BASTIDORES | Operação policial fez com que aviões mudassem de rota

A pedido da PM, Aeronáutica interditou parte do espaço aéreo do Rio

Por Fernando Molica

Trajeto de avião da Latam na terça-feira (28), durante o tiroteio no Rio.

A operação, na terça (28), nos complexos de favelas do Alemão e da Penha gerou interdição em parte do espaço aéreo da cidade do Rio de Janeiro, alteração que vigorou até quarta.

De acordo com o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), da Força Aérea Brasileira, a restrição foi solicitada pela Polícia Militar do Rio.

O Correio Bastidores constatara a mudança de rotas de aviões que fazem o trajeto entre Congonhas (São Paulo) e Santos Dumont (Rio).

No site FlightAware, que registra os voos, foi possível verificar que pilotos não sobrevoaram a região onde havia tiroteio.

Antes da Restinga de Marambaia, extremo oeste do Rio, os aviões passaram a fazer uma curva para a direita e utilizaram uma rota sobre o mar.

A FAB informou que, diante do pedido da PM, foi emitido o Notam (Aviso aos Aeronavegantes) E6219/25.

Registros no site Aisweb, do Decea, revelam que foram publicados sete Notams que tratam das restrições a partir das 17h10 de terça (20h10 no padrão UTC, universal).

Reprodução/FAB - Aviso que formalizou a interdição de parte do espaço aéreo do Rio

 Empresas se anteciparam a restrições da FAB

A opção pela segurança fez com que companhias gastassem mais combustível, já que os percursos ficaram mais longos. Voos que chegam a ser feitos em 37 minutos duraram mais de 50 minutos; um deles permaneceu no ar por uma hora e vinte e nove minutos.

As restrições foram canceladas pelo Notam E6278/25, que deu por expirado o E6219. Mesmo com voos normalizados, avisos referentes aos aeroportos Santos Dumont e Roberto Marinho (Jacarepaguá) e à Base de Santa Cruz constavam como ativos na tarde desta quinta-feira.

Reprodução/site FligthAware - Trajeto do mesmo voo na última segunda-feira, um dia normal.