Divulgada ontem, a pesquisa Real Time Big Data que mostra um empate triplo na disputa pela prefeitura de São Paulo deixou, nas campanhas de Guilherme Boulos (Psol) e Ricardo Nunes (MDB), a expectativa de que Pablo Marçal (PRTB) possa ter atingido seu teto.

De acordo com o levantamento, o coach atingiu 21% das intenções de voto, contra 20% de Boulos e de Nunes. O percentual do empresário é sete pontos superior ao registrado pelo mesmo instituto há dois meses, mas está no patamar dos 21% e 19% divulgados, semana passada, pelo Datafolha e pela Quaest.

Mesmo levando-se em conta diferenças metológicas entre as pesquisas, há uma sinalização de uma eventual dificuldade para Marçal crescer mais.

Na avaliação das campanhas dos dois principalis adversários de Marçal, ele exagerou na agressividade e no deboche, o que teria assustado eleitores. O Datafolha que será divulgado amanhã servirá de termômetro e ajudará a avaliar a força da propaganda na TV.

Jair Bolsonaro enfim gravou participação para o programa eleitoral de Alexandre Ramagem, candidato do PL à prefeitura do Rio. O ex-presidente, responsável pela indicação do amigo, também se comprometeu a participar de atos de campanha no início de outubro.

Uma das quatro pessoas físicas que fizeram doações para a campanha de Alexandre Ramagem (PL) à prefeitura do Rio já foi condenada pela Justiça Federal por manter, em fazenda que fica em Minas Gerais, 88 trabalhadores em condições análogas à escravidão.

Galileu Cardoso Naves, que doou R$ 10 mil para o candidato do PL, e seu sócio, Manuel Naves Cardoso, foram inicialmente condenados, em primeira instância, a um ano de detenção, com base no artigo que pune o aliciamento de trabalhadores.

No julgamento do recurso, porém, receberam do Tribunal Regional Federal da 1a Região condenação a quatro anos e um mês de prisão com base no artigo 149: "Reduzir alguém a condição análoga à de escravo".

As sentenças, porém, foram anuladas - o Superior Tribunal de Justiça concordou com a tese de cerceamento de defesa e determinou a realização de um novo julgamento, que acabou não ocorrendo.

Em 1o de outubro de 2018, a desembargadora Mônica Sifuentes declarou extinta a punibilidade dos réus devido à prescrição de prazo a partir da data de recebimento da denúncia.

Ramagem disse, por sua assessoria, que não conhece o doador. A defesa de Galineu afirmou, em contato com o Correio Bastidores, que Galileu não conhece o candidato à prefeitura, "mas fez legalmente a contribuição por mera opção política".

A nova operação das polícias Militar e Civil no complexo de favelas da Maré fez com que a Fiocruz acionasse ontem seu plano de contigência. Em alerta enviado para os funcionários, determinou que nenhum deles deixasse as instalações do campus Maré.

O alerta enquadrou a situação no nível de segurança três, um dos mais graves. A operação, que teria o objetivo de prender responsáveis por ataque a um bar, gerou também o fechamento de 38 escolas nas favelas. A situação vem se repetindo nas últimas semanas.

A decisão da justiça venezuelana, controlada pelo governo, de mandar prender o oposicionista Edmundo González irritou de vez o presidente Lula. Assessor do Planalto para assuntos externos, Celso Amorim declarou que o Brasil não aceitará sua prisão.

O governo brasileiro avalia como reagir diante de mais um sinal do endurecimento do regime no país vizinho. Lula ainda paga o preço por ter dado declarações amenas em relação ao ditador Nicolás Maduro e vê que uma solução para a crise fica a cada dia mais difícil.