Ontem, seis dias depois do acidente com um avião da Voepass que matou seis pessoas, passagens para alguns voos da empresa só podiam ser compradas no site da Latam ou em agências virtuais.

O site da Voepass só oferecia voos para seis destinos. A viagem, por um ATR-72 da empresa, de Cascavel (PR) para Garulhos (SP), rota do avião que caiu, só poderia ser adquirida em outros sites. A Voepass e a Latam têm acordo operacional que permite esse tipo de venda.

A impossibilidade de compra no site da empresa fica evidente também no mecanismo de busca Google Flights.

O interessado em voos para cidades como Cascavel ou Ipatinga (MG) era direcionado para compra em outros sites.

Em outra página do site da Voepass são listados 36 destinos servidos pela empresa. Ao lado de um mapa do Brasil há a indicação de cabe à Latam Airlines a comercialização de destinados assinalados com a cor rosa, o que corresponde à grande maioria das cidades.

No site da Latam, quem busca voo para amanhã entre Cascavel e Garulhos encontra duas opções: um, da própria empresa; outro, da Voepass. Como frisou a coluna Magnavita, a venda de passagens pela Latam abre margem para sua responsabilização cível.

Economistas do Itaú utilizaram dados de transações internacionais registradas pelo Banco Central e concluíram que, em 12 meses, R$ 68,2 bilhões foram gastos no Brasil em apostas e jogos on-line.

Este valor corresponde a 0,62% do Produto Interno Bruto brasileiro, 0,97% do consumo das famílias e 5,53% da massa salarial do país. Por essas contas, essas empresas, todas sediadas no exterior, enviaram para suas sedes cerca de R$ 24 bilhões.

Um outro estudo, da PwC Brasil, concluiu que, a partir de 2018, os gastos com apostas no país correspondiam a 0,27% das despesas das classes D e E; esse percentual, hoje, está em 1,98%.

O cavalo dos Bolsonaro começou a costear o alambrado de Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição à prefeitura de São Paulo. O deputado Eduardo Bolsonaro criticou o vídeo em que Nunes apoia a candidatura de Joice Hasselmann à Câmara paulistana.

Ele disse que o prefeito "cava a própria sepultura". Reclamou também da falta de comprometimento de Nunes com teses da direita. Na campanha do prefeito, a fala foi vista como sinal de afastamento. Há o receio de que Bolsonaro jogue suas fichas em Pablo Marçal (PRTB).