Prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB) quer que o debate de amanhã, na Band, seja o mais frio possível. Certo de que será o alvo preferencial dos adversários, tentará manter a imagem que tanto cultiva, a de síndico da cidade.

Mais do que como político, ele quer ser visto como um gestor, alguém que conhece bem a maior metrópole brasileira e é capaz de superar as paixões de um país ainda polarizado.

Sua principal dificuldade será administrar o apoio de Jair Bolsonaro (PL) à sua candidatura — tem que garantir a simpatia dos eleitores do ex-presidente e, ao mesmo tempo, evitar uma excessiva identificação com o político, que, segundo pesquisas, tem alta rejeição entre os paulistanos.

Apesar de não ter sido favorecido no sorteio que definiu a ordem de quem perguntará em dois blocos, Nunes tentará focar suas críticas em Guilherme Boulos (Psol). Com isso, buscará, principalmente, evitar o crescimento de outros candidatos conservadores.

Ex-vereador e ex-vice-prefeito, inexperiente em disputas majoritárias (chegou ao cargo depois da morte do titular, Bruno Covas), Nunes enfrentará três candidatos bons de fala: o apresentador José Luiz Datena (PSDB), o influencer Pablo Marçal (PRTB) e Boulos.

Na prática, o recesso na Câmara ainda não terminou. O Senado já retomou seus trabalhos com sessões semipresenciais, mas os deputados emendaram as atividades pré-eleitorais de julho com agosto.

Até a eleição municipal — primeiro turno em 6 de outubro — os deputados só terão que se apresentar em seu local de trabalho por três semanas.

Decisão do presidente Arthur Lira (PP-AL) em conjunto com líderes partidários determinou que haverá o chamado esforço concentrado entre os dias 12 e 16 e 26 a 30 deste mês e de 9 a 13 de setembro. A rotina só volta depois do segundo turno, que será em 27 de outubro.

Descontentes com o que classificam de intransigência do governo, em especial do Ministério da Gestão e Inovação, funcionários da Fiocruz decidiram voltar a paralisar suas atividades, desta vez, por dois dias — hoje e amanhã. Semana passada, a greve foi um dia.

Os servidores querem reajuste de salário ainda em 2024, de 20% — o percentual seria repetido por mais dois anos. O governo acena com índices menores, e só a partir de 2025. Uma carta com as reivindicações foi entregue ao presidente Lula. Amanhã haverá ato no Rio.

Procurada na segunda pela coluna, a assessoria de Caetano Veloso ressaltou ontem que, nos últimos anos, ele já fez outras referências a Paulinho da Viola — os dois estão rompidos desde 1996. No novo show, com Maria Bethânia, Caetano canta um samba de Paulinho.

Na live em que comemorou 80 anos, em 2022, Caetano cantou "Argumento" — no mesmo ano, publicou texto em homenagem ao portelense, que completava a mesma idade. Em 2011, gravou ao vivo "A voz do morto", que compôs em 1968. Na letra, dá um viva a Paulinho.