No show com Maria Bethânia que estreou sábado, Caetano Veloso indica uma possível aproximação com Paulinho da Viola ao cantar "Sei lá, Mangueira", do sambista e de Hermínio Bello de Carvalho. Eles, que eram amigos, estão rompidos desde 1996, quando houve divergência em torno do cachê pago a artistas que participaram do Réveillon em Copacabana.

Cecília Rabello, filha de Paulinho e responsável por sua assessoria de imprensa, confirmou à coluna que eles deixaram de se falar. Segundo ela, ao longo desse período, seu pai recebeu recados de que Caetano queria "acabar com isso", mas nunca houve contato direto.

Cecília diz que Paulinho se afastou de Caetano, que frequentava sua casa, ao notar que ele ficara "ao lado" de Gilberto Gil, outra atração do Réveillon, nas discussões que ocorreram depois da divulgação dos valores. Paulinho responsabilizou Gil pela repercussão do episódio.

Caetano, Gil, Chico Buarque, Milton Nascimento e Gal Costa receberam R$ 100 mil (R$ 566 mil atualizados) para cantar; Paulinho, R$ 30 mil. Em 1995, Caetano, Chico e Paulinho gravaram "Sei lá, Mangueira". No show com Bethânia, a canção abre um bloco sobre a escola.

No fim da manhã de ontem, o Correio Bastidores procurou a Uns, produtora de Caetano Veloso, para ouvi-lo sobre a inclusão da música de Paulinho da Viola no novo show. Até as 19h, a coluna — que torce pela reconciliação entre eles — não havia recebido resposta.