O torpedo verbal disparado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), contra o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, explodiu no Palácio do Planalto. Ficou evidente que a crítica também é dirigida ao presidente Lula, que mobilizou suas bases para manter preso o deputado Chiquinho Brazão, suspeito de ser um dos mandantes do assassinado de Marielle Franco.
Há meses que Lira reclamava de Padilha, por ele acusado de descumprir acordos e de dificultar as relações com o Planalto. O presidente da Câmara sequer pronunciava o nome do encarregado de fazer a ponte com deputados e senadores.
Ao classificar Padilha de "incompetente" e de chamá-lo de "desafeto pessoal", Lira mostrou que não engoliu a articulação contra Brazão.