Por: POR FERNANDO MOLICA

CORREIO BASTIDORES | Saúde avalia empresa para hospitais federais do Rio

Nísia e seu secretário-executivo, Swedenberger Barbosa | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, não descarta a criação de uma empresa pública de direito privado para administrar os seis hospitais federais do Rio, que vivem uma crise permanente, independentemente de governos.

O modelo seria baseado na Ebsernh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, que cuida de hospitais de universidades federais) e no Grupo Hospitalar Conceição, que reúne quatro hospitais federais e outras unidades de saúde no Rio Grande do Sul.

Na avaliação de setores do Ministério da Saúde, a empresa racionalizaria o funcionamentos dos hospitais e agilizaria compra de insumos e contratação de pessoal — os novos funcionários seriam admitidos via Consolidação das Leis do Trabalho.

 

Oposição

A criação da empresa enfrentaria oposição de políticos que disputam o controle da rede e de entidades de funcionários públicos, que defendem o modelo estatal clássico. A ministra, porém, sabe que precisa tomar uma atitude radical até para permanecer no cargo.

Interditados

Como noticiado pela coluna, no dia 20 do mês passado 361 leitos dos seis hospitais do Rio estavam interditados, 21,8% do total. Ontem, o número havia subido para 389. Em abril de 2023, inspeção da Câmara dos Deputados constatou que havia 283 interdições.

Depois do Rio, Bolsonaro quer fazer ato em Brasília

Ex-presidente pretende repetir manifestações pelo país | Foto: Bruno Santos/Folhapress)

Brasília deverá ser a sede da terceira manifestação promovida por Jair Bolsonaro este ano. Que mobilizar seguidores contra a investigação de tentativa de golpe de Estado de que é alvo. O primeiro ato foi em São Paulo e o próximo será no Rio, no dia 21. Ainda estão previstas concentrações nas regiões Sul, Norte e Nordeste.

Segundo o deputado federal Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ), a manifestação na capital federal servirá também para mostrar que o ex-presidente e seu partido não foram responsáveis pelo quebra-quebra ocorrido em 8 de janeiro do ano passado. "Aquilo foi coisa de malucos, nossos atos são lotados e ordeiros", afirma.

Decisão do PL

De acordo com Sóstenes, a realização dos atos é uma decisão do PL e tem o objetivo de mostrar que Bolsonaro não esteve envolvido "com a fake news do golpe". "O partido gostou do que houve em São Paulo e quer mais mobilizações, independentemente das eleições", diz.

Sem combinação

Apesar de Bolsonaro ter elogiado a ameaça de de Elon Musk de descumprir decisões judiciais brasileiras, Sóstenes nega qualquer combinação prévia entre o ex-presidente e o bilionário. Segundo ele, Bolsonaro "não sabia de nada: "São assuntos correlatos, mas separados".

Federação

Líder do PP na Câmara, Dr. Luizinho diz que a formação de uma federação com o Republicanos está bem avançada, mas só será concretizada depois das eleições municipais. Antes disso, reduziria o lançamento de candidatos: os partidos teriam que concorrer unidos.

Más companhias

A irritação do governo com Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, não tem a ver apenas com a polêmica sobre distribuição de dividendos. Para o Planalto, ele não soube se impor na empresa e se deixou influenciar por remanescentes do governo Bolsonaro.

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