Autor do projeto que criou o Perse, programa de incentivos fiscais para eventos e turismo, o deputado Felipe Carreras (PSB-PE) discorda da proposta do governo de redução dos benefícios. Para ele, o novo projeto, apresentado por deputados do PT, demonstra falta de humildade e de disposição para diálogo por parte do Ministério da Fazenda.

Pela proposta, haveria uma redução das atividades enquadráveis no programa, volta gradual da alíquota de impostos federais (zerada em 2022) e exclusão das empresas que faturam mais de R$ 78 milhões anuais.

O Perse foi aprovado pelo Congresso para compensar prejuízos acumulados durante a pandemia. Segundo Carreras, só com a renegociação de impostos atrasados de empresas do setor, o governo arrecadou R$ 20 bilhões.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad afirma que o volume de isenções do Perse é muito superior ao previsto e que houve fraudes e lavagem de dinheiro. Para ele, a renúncia chegou a R$ 32 bilhões, mas números do próprio governo falam em R$ 26 bilhões.

Carreras contesta Haddad, diz que os dados da Receita incluem empresas que não poderiam ter sido beneficiadas, e que os erros nessas concessões são do próprio governo. Afirma que no programa gerou renda e empregos e que a decisão caberá ao Congresso.

Para o deputado federal Chico Alencar (Psol-RJ), a apuração do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes está longe de acabar. "É preciso investigar muito mais, a apuração não está encerrada", frisa.

Alencar ressalta dois pontos principais: a possibilidade de haver mais mandantes além dos três que estão presos e a necessidade de descobrir os reais motivos para o crime.

Com base no depoimento do delator e pistoleiro Ronnie Lessa, a Polícia Federal concluiu que o crime visava interromper a atuação da vereadora contra projetos ligados a loteamentos clandestinos, mas o tema não era prioridade do mandato de Marielle.

Segundo o deputado, é preciso verificar se o assassinato não foi uma espécie de recado ao Psol, que contrariava interesses do PMDB, partido que Chiquinho Brandão — um dos presos — na época integrava. Em seu relatório, a PF reconheceu que havia esse incômodo.

Alencar cita também que o então interventor na segurança do Rio, general Braga Netto, impedia que o secretário de Segurança, general Richard Nunes, desse informações sobre o caso a parlamentares que integravam comissão da Câmara que acompanhava as investigações.

A disparada no preço das passagens aéreas domésticas cria absurdos. Quem estivesse no Rio ontem e precisasse ir amanhã São Paulo e voltar no mesmo dia pagaria, no mínimo, R$ 4.159,00 por voos entre Santos Dumont e Congonhas. A cotação foi obtida no Google Flights.

Por pouco menos, dá pra ir pra Los Angeles. A passagem de ida amanhã e volta no dia 10 custava, ontem à noite, R$ 3.812,00, isto, com duas escalas. Com apenas uma parada, saía por R$ 4.186,00. A capital do cinema fica 26 vezes mais longe do Rio que a Terra da Garoa.