Diretor do Centro Brasileiro de Infra Estrutura, Adriano Pires afirma que a decisão da Petrobras de não distribuir dividendos extraordinários poderia ser considerada normal não fosse o histórico das relações de governos — especialmente os petistas — e a empresa.
Pires, que chegou a ser indicado para a presidência da Petrobras no mandato de Jair Bolsonaro, classifica ser normal a retenção de dividendos para reforçar o caixa de uma empresa e assim facilitar a obtenção de empréstimos. "O problema é que a Petrobras não é uma empresa normal, existe uma tradição de ser usada politicamente", ressalva.
Frisa que a decisão reforça o temor do mercado numa política intervencionista do governo: "O passado condena", diz.