Presidente da Frente Parlamentar Mista de Educação, o deputado Rafael Brito (MDB-AL) classificou de "maloqueragem do PL" a indicação de Nikolas Ferreira (MG) para o comando da Comissão de Educação da Câmara. "O PL fez uma chacota com o país", afirmou à coluna. Por ter maior bancada, o partido tinha prioridade na escolha de presidente de comissões.

Ex-secretário de Educação de Alagoas, Brito afirmou que sua crítica não tem viés ideológico; para ele, PL poderia ter indicado Soraya Santos (RJ) ou Professor Alcides (GO). Disse que recusou o cargo de vice da comissão diante da aprovação do nome de Nikolas, de 26 anos. "Ele tem proximidade com a educação porque terminou a escola dia desses", ironizou.

Brito frisou que, em vídeo que fala de sua escolha para a presidência da comissão, Nikolas não tratou de temas como escola pública, transporte e merenda escolar, mudança no ensino médio ou em Sistema Nacional de Educação. "Só falou de homescholling", destacou.

O deputado ressaltou que Nikolas fala em banheiros unissex, mas não cita que escolas de 1,2 milhão de alunos não têm água potável e milhares delas não dispõem de banheiro. Nikolas poderá definir a pauta de projetos que serão discutidos e de escolher seus relatores.

Ao migrar para o PL, Tarcísio de Freitas passará a ser companheiro de partido de Michelle Bolsonaro, citada como postulante ao Planalto. O governador de São Paulo diz ser candidato à reeleição, mas, na direita e na esquerda, é visto como forte candidato à Presidência.

Pesquisa AtlasIntel mostra empate técnico no critério imagem positiva junto à população: Lula tem 47%; Tarcísio, 46%; Michele 45% e Jair Bolsonaro, 44%. Mas ele tem imagem negativa para apenas 31% (contra 49% de Lula; 47% de Michele e 51% de Bolsonaro) — 23% não sabem avaliar o governador, o que indica que ele não é tão conhecido assim.

Damares Alves (Republicanos-DF) também deverá migrar para o PL. Mas uma figura importante do seu partido tem esperanças de mantê-la. Lembra que, por decisão de Bolsonaro para favorecer Flávia Arruda (PL), a senadora chegou a desistir de se candidatar.

O projeto do governo para reformular o Perse, que incentiva produtores de eventos, prevê privilegiar as empresas menores. Mas ainda há outras propostas na mesa, como o estabelecimento de alíquotas progressivas até 2027 (o atual modelo prevê imposto zero até lá)

Há quem queira beneficiar apenas quem organiza eventos, o que deixaria de fora outros setores ligados à atividade e a outros setores do turismo. A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) diz que a isenção deve ser apenas para produtores, "e não para quem faz o palco".

Depois de prometer que vai abandonar a medida provisória que acabaria com o Perse a partir de abril, o governo tem pressa. Pelas contas do Ministério da Fazenda, só nos três primeiros meses deste ano, o programa vai representar uma perda de R$ 7 bilhões.