Por: Fernando Molica

Lançamento de Maia para CCJ derruba acordo

Deputado do União é alternativa ao bolsonarismo | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A briga pela presidência da Comissão de Constituição e Justiça esquentou com a decisão do União Brasil de lançar a candidatura de Arthur Maia (BA), ligado ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

Por um acordo fechado em 2023, o comando da CCJ ficaria com o PL, mas a indicação da bolsonarista Caroline de Toni (SC) para o cargo abriu caminho para a divergência: integrantes do Centrão, entre eles, o próprio Lira, querem evitar um atrito direto com o governo; no próprio PL há os que negociam cargos e emendas com o Palácio do Planalto.

Segundo vice-presidente da Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) diz que o partido não abre mão da presidência da CCJ e de lançar De Toni. Afirma que caso ela seja derrotada, indicará alguém mais radical para o cargo.

 

Regimento

Ele ressalta o acordo e frisa que, regimentalmente, por ter a maior bancada, o PL tem direito à presidência. O problema é que todos os partidos (poucos ficaram de fora) que se uniram num bloco específico para viabilizar a reeleição de Lira podem lançar candidatos ao cargo.

Custo político

O PT ficou com a CCJ em 2023 e o PL com a Comissão Mista de Orçamento — em tese, as posições se inverteriam este ano. Com a possibilidade de uma reviravolta, o PP ficaria com a CMO. O rompimento poderia custar a Lira o apoio do PL na eleição de seu sucessor.

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