Por: POR FERNANDO MOLICA

Correio Bastidores | Líder do PL diz que cassação da sigla é bravata

Portinho: fim do PL mostraria perseguição | Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Líder do PL no Senado, Carlos Portinho (PL) classifica de "bravata" o pedido de cassação do registro de seu partido. A solicitação foi feita pelo senador Humberto Costa (PT-PE): em ofício à Procuradoria-Geral da República, ele aventou a possibilidade de que recursos públicos, do fundo partidário, tenham sido utilizado para financiar atividades golpistas, o que justificaria a cassação do registro do partido de Jair Bolsonaro.

"Isto (a decretação do fim das atividades do PL) caracterizaria de vez o processo de perseguição política", afirma. Para Portinho, nem mesmo uma eventual comprovação de atividades irregulares por parte do presidente da sigla (Valdemar Costa Neto) justificaria uma medida extrema em relação ao PL. "Partidos são instituições, são protegidos pela Constituição", frisa.

 

Rei morto...

As investigações em torno do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) reaqueceram as articulações para sua substituição como candidato da direita à Prefeitura do Rio. Portinho e o deputado federal Marcelo Queiroz (PP) já levantaram o dedo, e têm conversado entre si.

...reis postos

Ontem, o líder do PL participaria de evento que, na prática, seria o lançamento da pré-candidatura de Queiroz. Portinho admite uma composição, independentemente do cabeça de chapa. Presidente do PP, o senador Ciro Nogueira (PI) confirmara presença.

Para deputado bolsonarista, ato definirá posições

Sóstenes Cavalcante: ou vai ou racha | Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O ato convocado por Bolsonaro para o dia 25 é visto, entre seus seguidores, como uma espécie de vai ou racha: de definição sobre quem apoia mesmo o ex-presidente ou apenas tenta pegar carona em sua popularidade.

"O presidente (Bolsonaro) passa por um momento de perseguição e fez um convite que, para mim e para a classe política, representa uma convocação", diz o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

Para ele, a ausência de aliados será um gesto ativo, e não passivo. O deputado, porém, afirma que a maioria dos políticos bolsonaristas estará lá: ele confia na presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Lugar comum

Irritado com a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, de proibir contatos entre os investigados por tentativa de golpe de Estado, Cavalcante lembra que três deles trabalham no mesmo local: Bolsonaro, Costa Neto e Braga Netto. "Como vão fazer?", ironiza.

Terceiros

O tal local que reúne suspeitos de articulações para uma virada de mesa é a sede nacional do PL, em Brasília. "Isso beira o ridículo, não tem a menor lógica", reclama. Diz que, no limite, eles podem se comunicar por terceiros, ainda que trabalhando no mesmo conjunto de salas.

Viu e partiu

O ministro Nunes Marques cumpriu a promessa de aparecer no Sambódromo. Acompanhado pela mulher, foi domingo ao camarote da Prefeitura do Rio e passou pelo do governo do Estado. Não demonstrou muita animação, viu duas escolas e foi embora.

Assim de gavião

Pra voltar ao assunto da eventual cassação do PL: como no velho samba, o barraco de Costa Neto anda assim de gavião. Muitos partidos de centro direita esfregam as mãos imaginando a quantidade de deputados que herdariam caso a sigla de Bolsonaro vá pro espaço.

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