Por: Fernando Molica

Correio Nacional | PSB não quer que Ministério da Justiça seja dividido

Flávio Dino foi indicado por Lula para o STF | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O PSB resiste à ideia de divisão do Ministério da Justiça caso Flávio Dino vá mesmo para o Supremo Tribunal Federal. O partido já havia sido prejudicado com a troca do Ministério dos Portos e Aeroportos (que foi para o Republicanos) pelo Ministério do Empreendedorismo, criado para tentar compensar a perda.

O deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP) diz que seu partido defende a criação do Ministério da Segurança Pública, que seria desmembrado do da Justiça. Mas diz que Lula não está convencido disso — Dino não aceitou que houvesse a divisão.

Para Zarattini, o mais provável é que a decisão só saia em janeiro, já que indicação de Dino será votada no Senado na metade de dezembro e logo depois virão o recesso do Congresso o período das festas de fim de ano.

 

Cota pessoal

O deputado Max Lemos (PDT-RJ) aposta na divisão da Justiça. Diz que, para o PT, Dino não representa o PSB, seria da cota pessoal de Lula. Hoje, Lemos conversará com o ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais: o PDT quer mais espaço no governo.

Apostas

Caso a divisão ocorra, o mais provável é que o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, fique com o da Segurança. O ex-ministro do STF Ricardo Lewandowski iria para a Justiça; a ministra Simone Tebet, do Planejamento, seria outra opção.

PL monta aliança em torno de Ramagem para prefeitura

Deputado se reuniu com advogadas no Planalto | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Enquanto o o PSD e o PT não se entendem sobre quem será o candidato a vice do prefeito Eduardo Paes na disputa pela reeleição, o PL trata de se organizar. Segundo o líder do partido na Câmara, Altineu Côrtes, foi fechada uma aliança com PP, União Brasil, MDB e Solidariedade em torno da candidatura do deputado Alexandre Ramagem (PL).

A união de partidos garantiria a Ramagem, delegado de Polícia Federal, mais da metade do tempo do horário de propaganda gratuita na TV — a inelegibilidade de Jair Bolsonaro não o impedirá de fazer campanha para o aliado. Em 2022, o então presidente teve 52,66% dos votos cariocas.

Parceiros 1

Indicado por Lula para a Procuradoria-Geral da República, Paulo Gonet não apenas foi sócio de Gilmar Mendes no Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa IDP), onde ainda dá aulas. Ele tem uma longa parceria intelectual com o ministro do STF.

Parceiros 2

O currículo de Gonet registra seu nome ao lado do de Mendes em 22 publicações. Eles dividem a autoria e organização de livros e assinam artigos em outros — quase todos são sobre direito constitucional. Boa parte foi editada pelo IDP, que tem Mendes como sócio.

Titular 1

Como a ida de Dino para o STF, sua suplente no Senado, Ana Paula Lobato (PSB-MA), assumirá de vez um mandato que vai até o início de 2031. Enfermeira, ela é casada com o deputado estadual Othelino Neto (PCdoB), representante institucional do Maranhão em Brasília.

Titular 2

Presidente do Grupo de Esposas de Deputados do Estado do Maranhão, Ana Paula, durante a CPMI dos Atos Golpistas, leu um texto sobre a ditadura e demonstrou desconhecer a pronúncia correta do nome do ex-presidente Ernesto Geisel, descendente de alemães.

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