Por: Fernando Molica

CORREIO NACIONAL: Adriano Pires critica isenção na Zona Franca

Pires lembra passado de intervenções na Petrobras | Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Presidente do Centro Brasileiro de Infraestrutura, consultoria especializada em energia, Adriano Pires afirma que isenção tributária para importação de combustível na Zona Franca de Manaus seria "a institucionalização da sonegação. "Isso é inacreditável, é muita cara de pau", define.

O parágrafo que inclui atividades relacionadas ao petróleo entre entre os setores beneficiados pela isenção de impostos na Zona Franca foi incluído na reforma tributária pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator do projeto. Aprovada no Senado, a Proposta de Emenda Constitucional terá que ser examinada pela Câmara. Segundo Pires, o benefício representaria uma concorrência desleal com os combustíveis produzidos no país.

 

Sem sentido

"No limite, todo o combustível importado entraria no Brasil formalmente por Manaus", frisa. Pires ressalta que, num momento em que se fala de transição energética, não faz sentido conceder incentivos fiscais para combustíveis fósseis, principalmente na Amazônia.

Gleisi é contra

Presidente do PT, a deputada Gleisi Hoffmann (PR) diz que o partido vai se reunir para discutir esta e outras propostas de incentivos fiscais, como o concedido para apostadores no projeto das bets. Afirma ser pessoalmente contra essas medidas aprovadas pelo Senado.

Eventos paralelos ficam lotados durante a Flip

Casa Sete Selos lotada durante debate | Foto: Fernando Molica

Mais uma vez, as casas que promoveram eventos paralelos e gratuitos à programação oficial da Flip ficaram lotadas. Muitas pessoas se aglomeravam dentro dos casarões e suas janelas para acompanhar conversas com autores brasileiros como Jeferson Tenório, Giovana Madalosso, Carlos Eduardo Pereira, Rafael Gallo e Antonio Prata.

A presença de Conceição Evaristo na Casa Publishnews provocou uma fila imensa pelas ruas de Paraty — o sucesso se repetiu em outras participações da escritora em eventos paralelos. As casas também propiciaram maior diversidade em relação aos temas abordados no palco principal.

Socorro na frente

Até a manhã de ontem, Livros de brasileiras estavam entre os cinco mais vendidos na tenda da Livraria da Travessa na Flip: "Oração para desaparecer" e "A cabeça do santo", de Socorro Acioli, em primeiro e terceiro lugares. Foi preciso levar mais exemplares para Paraty.

Cubano na lista

"Autobiografia precoce", da homenageada Patrícia Galvão, a Pagu, ficou com a segunda posição; "Se a cidade fosse nossa", da arquiteta e ativista antirracista paulistana Joice Berth, com a quinta. "Me chama de Cassandra", do cubano Marcial Gala, ficou em quarto lugar.

Centrão

O economista Armínio Fraga e o cientista político Celso Rocha de Barros fizeram uma animada conversa sobre o Brasil na Casa República, na Flip. Fraga definiu de maneira particular o conservadorismo do Centrão: "É conservador de poder e de riqueza".

Vez dos poetas

O Prêmio Sesc de Literatura, que há 20 anos revela autores inéditos de romance e contos, anunciou na Flip que, em 2024, haverá também a categoria poesia. Os autores premiados são publicados pela editora Record e cumprem um circuito de divulgação pelo país.

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