A edição 2023 do Anuário da Segurança Pública do Espírito Santo revela que, entre 2018 e 2022, 88% da munição apreendida com bandidos foi fabricada no Brasil, pela CBC, Companhia Brasileira de Cartuchos. Segundo o Instituto Sou da Paz — que cuidou do capítulo dedicado à munição —, o percentual chega a 99% quando se leva em conta cartuchos de origem identificada.

O percentual de 88% em relação produtos fabricados pela CBC se repete na análise dos casos de munição roubada, furtada ou extraviada. Dos 5.394 cartuchos desviados, 56% estavam em residências.

De cada quatro cartuchos apreendidos, três eram para ser usados nas chamadas armas de porte: pistolas, revólveres e carabinas. Apenas 3% eram compatíveis com fuzis.

O trecho do Anuário que trata de armas apreendidas reforça que bandidos usam, principalmente, aquelas fabricadas no Brasil — 56,7% delas saíram de indústrias como Taurus, Rossi e CBC. Do total, 82,9% eram de pequeno porte, pistolas e revólveres.

Em setembro de 2021, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, suspendeu decisões do então presidente Jair Bolsonaro que dificultavam o rastreamento de armas e de munição. Para Moraes, as medidas apresentavam desvio de finalidade.

O KC-30 da FAB que tem sido usado para retirar brasileiros de Israel é um dos dois Airbus 330-200 comprados, no ano passado, da Azul. O custo, na época, foi de R$ 375 milhões. O objetivo da Aeronáutica é adaptar os dois aviões para que sejam capazes de reabastecer caças durante o vôo, como indicam as letras KC.

A adaptação, pela própria Airbus, dos KC-30 para a versão MRTT (Multi-Role Tanker Transport) depende de liberação de verbas: a FAB informou não ter como precisar o custo da mudança. Depois de transformados, os dois aviões, incorporados à frota no ano passado, continuarão a poder ser usados em missões de resgate, a transportar passageiros — têm 238 lugares.

Ainda falta muito tempo, mas, se a eleição para presidente da Câmara fosse hoje, o líder do PSDB, Adolfo Viana (BA) ficaria com o candidato que será escolhido pelo atual presidente, Arthur Lira (PP-AL). Elmar Nascimento (União-BA) é o favorito para receber a benção.

Na terça, a reunião de líderes mostrou que o atual vice-presidente, Marcos Pereira (Republicanos-SP), não terá caminho fácil para suceder Lira. Ele não conseguiu aprovar a proposta de colocar em votação o projeto que taxa fundos exclusivos e aplicações fora do país.

A proposta, que ainda enfrenta resistências de partidos do Centrão, só deverá levada a plenário na semana que vem, depois do retorno de Lira, que viajou para compromissos na Índia e na China. A eleição de seu sucessor só vai ocorrer em fevereiro de 2025.

Depois de entregue à Procuradoria-Geral da República, o relatório da CPMI do 8 de Janeiro deverá ser repassado para o procurador Carlos Frederico Santos, indicado por Augusto Aras, então PGR, para tratar dos processos criminais que envolvem a tentativa de golpe.