Integrante da CPMI do Golpe, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) afirmou à coluna que o presidente da comissão, Arthur Maia (União-BA), lhe disse que poderia voltar atrás em sua decisão de desmarcar o depoimento do general Braga Netto que estava previsto para o próximo dia 5.

Jandira e outros parlamentares da bancada governista foram surpreendidos ontem ao saber do cancelamento do depoimento do ex-ministro da Defesa. A pauta das sessões é feita por Maia. Para o lugar dele, Maia convocou o policial militar Beroaldo de Freitas Júnior, agredido em 8 de janeiro.

"Não sabia de nada", disse a deputada Duda Salbert (PDT-MG). "Acabei de mandar um zap para ele pra saber se houve algum problema", contou o deputado Rogério Corrêa às 18h20 de ontem.

Segundo Jandira, Maia não explicou a razão de ter feito a alteração. Em agosto, ele se reuniu com o comandante do Exército, Tomás Paiva, e com o ministro da Defesa, José Múcio. O deputado vinha evitando colocar em votação a convocação de outros generais.

A decisão de Maia estaria relacionada com a repercussão do depoimento do general Augusto Heleno. Também ex-ministro de Jair Bolsonaro, ele foi pressionado, ficou irritado e chegou a reclamar da relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), com um palavrão.

Na reunião que tiveram ontem, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, combinaram que os projetos de taxação de fundos exclusivos e de aplicações no exterior (offshore) serão reunidos e votados na próxima semana. O deputado fluminense Pedro Paulo (PSD) deverá ser o relator das propostas.

Lira decidiu fazer um esforço concentrado de segunda até quinta-feira. Na outra semana, a do feriadão, ele e outros parlamentares embarcarão para a Índia, onde haverá reunião de presidentes de legislativos do G20, e China. A viagem deverá durar duas semanas.

Há também a previsão de votação, na próxima semana, do Marco das Garantias, que facilita a execução de dívidas sem ida à Justiça. Aprovado na Câmara em 2022 e modificado pelo Senado, o texto ainda será examinado pela Fazenda e pelos relatores nas duas casas.

Lira vai segurar a votação da anistia aos partidos políticos até que o Senado vote a minirreforma eleitoral, que ainda não tem relator por lá. Avalia que, como a coluna antecipou, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) não quer saber de votar o perdão tão cedo.

A decisão da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado de limitar juros do crédito rotativo de cartões tem precedente. Na Constituinte de 1988, o deputado Fernando Gasparian conseguiu aprovar artigo que limitava os juros em 12% ao ano: não deu certo e saiu do texto em 2003.

A Fecomércio decidiu recuperar o Teatro Dina Sfat, que funcionava na Universidade Gama Filho, em Piedade. Também vai reconstruir a piscina olímpica que havia por lá. A prefeitura começou obras para transformar o antigo campus numa grande área de lazer.