Ao embarcar hoje para Cuba em sua 13a. viagem internacional desde o início do atual mandato, o presidente Lula (PT) vai cumprir um ritual não determinado pela Constituição ou por qualquer lei: a transmissão do cargo para seu vice, Geraldo Alckmin (PSB). Mais uma vez, o Brasil ficará, na prática, com dois presidentes: um no exterior e outro por aqui.
Procurada pela coluna, a assessoria da vice-presidência admitiu que a prática "deriva do costume" e de uma interpretação do artigo 79 da Constituição. O artigo não fala em substituição do presidente quando este viaja para o exterior, mas nos casos de impedimento do titular e de vacância do cargo. Consultada na segunda, a Presidência da República não respondeu ao Correio.