PARADOXO- A hotelaria sofreu na pandemia e suas instalações foram usadas, de forma cidadã, para as campanhas de vacinação. Agora que o setor começa a recuperar o faturamento, hotéis de Copacabana, o cinturão mais turístico da cidade, estão sendo visitados por prepostos do TRE, pedindo seus salões para postos de votação. Estão fazendo isso sem considerar as características específicas do negócio hoteleiro que envolvem segurança dos hóspedes e a necessidade de acesso seletivo às instalações.
BOLA DE CRISTAL- O desconhecimento do negócio hoteleiro está levando o TRE a cometer um grande equívoco. Para que o hotel fique longe deste confisco de espaço, terão de apresentar os contratos de locação e de eventos, só que ninguém consegue, com 100 dias para a votação, confirmar e contratar. É uma fase apenas de pré-reserva. Além dos custos de segurança, um salão hoteleiro exige refrigeração, com alto custo de energia, e reforço na segurança, além do transtorno operacional, se tiver hóspedes.
BANCOS- Corre à boca pequena que a transferência das zonas eleitorais de Copacabana atende um lobby dos bancos. Tradicionalmente as agências (que não abrem nos fins de semana) podem fazer este papel e sem transtorno. É um mínimo de reciprocidade que o setor financeiro pode ter.