BRASILIANAS | Após resultado positivo em pato selvagem, GDF trata caso de gripe aviária no Zoo como 'isolado'
Secretaria de Agricultura pediu que as pessoas enviem fotos, vídeos ou informações sobre suspeitas. Zoo segue interditado e servidores que tiveram contato com irerê morto estão sob monitoramento da Vigilância Sanitária
Secretaria de Agricultura pediu que as pessoas enviem fotos, vídeos ou informações sobre suspeitas. Zoo segue interditado e servidores que tiveram contato com irerê morto estão sob monitoramento da Vigilância Sanitária
Após a confirmação na tarde de terça-feira (3) do primeiro caso da influenza aviária no DF, que foi registrado no Zoológico de Brasília, autoridades do Governo do Distrito Federal (GDF) reuniram-se nesta quarta-feira (4), no Palácio do Buriti, para detalhar o que tem sido feito preventivamente e quais medidas serão intensificadas. A situação de emergência zoossanitária foi detectada no DF depois de duas aves silvestres serem encontradas mortas nas dependências do Zoo.
O caso de gripe aviária no DF é tratado como isolado, já que foi confirmado apenas o diagnóstico do irerê (uma espécie de pato selvagem, que usa o Zoo como ponto de descanso e alimentação). Não houve detecção do vírus no pombo. Além disso, não há evidência de transmissão dentro do parque. "Os dois animais encontrados mortos são de vida livre, ou seja, não pertencem ao plantel do Zoológico de Brasília", afirma a Agência Brasília, site oficial de notícias do GDF.
"Até o presente momento, as aves do plantel da instituição não apresentaram nenhuma sintomatologia. Isso é importante quando a gente trata de um vírus facilmente difundido e que tem uma alta letalidade e transmissibilidade. O fato de não termos animais com sintomas é um sinal muito positivo para nós", destacou o secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Rafael Bueno. O titular da pasta lembrou que o DF está em estado de emergência zoossanitária desde 2023, quando foram adotadas as medidas protocolares estabelecidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
O caso foi identificado rapidamente devido ao trabalho de acompanhamento da saúde dos animais dentro do zoo, evitando assim a proliferação da doença. Coube à Seagri a coleta da amostra e necropsia para envio para o laboratório de referência. Conforme o protocolo, o Zoológico de Brasília teve de ser interditado - medida que estará em vigor pelo menos até o dia 12 de junho.
População deve informar casos suspeitos
O secretário de Agricultura também destacou que o GDF vai manter canais abertos para a população a respeito de suspeitas de gripe aviária. Qualquer manipulação de aves mortas deverá ser evitada, e todas as suspeitas que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita em aves devem ser notificadas imediatamente à Seagri
São os seguintes os canais de informação: por meio do e-mail falecomadefesa@seagri.df.gov.br ou pelo WhatsApp (61) 99154-1539, mediante envio de imagens da ave suspeita para triagem prévia por parte da equipe técnica.
"Pedimos à população que, ao reportar, mande fotos e vídeos e de maneira alguma mantenha contato com o animal. Isso serve para que a defesa mapeie o comportamento prévio dessa ave e saber se ali é um caso descartado ou se precisa de aprofundamento", reforçou o secretário Rafael Bueno.
Sintomas para observação de suspeitas
Além disso, o secretário de Agricultura alertou a população sobre os sinais que devem ser observados. "Recomendamos a toda a comunidade que observe animais com hábitos errôneos, como cabeças caídas, cambaleantes, com diarreia, tosses ou espirros, ou mesmo aves mortas -que a população não tenha contato com esses animais".
O consumo dos produtos legalmente comercializados no DF segue seguro. "Como nosso mercado comprador é muito exigente, o nível de biossegurança no Distrito Federal é bastante elevado, e isso nos dá uma tranquilidade quanto ao consumo da carne e dos ovos dos animais, desde que preparados por cozimento e fritura", acrescentou o secretário Rafael Bueno. O DF, inclusive, mantém a exportação da carne para os países parceiros: Arábia, Japão e Rússia.